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O que é a ictiose e como tratar essa condição de pele

Com sintomas como uma pele extremamente seca que chega a descamar, a ictiose vai além de um incômodo estético. Conheça as causas e os principais tipos

Por João Antonio Streb
Atualizado em 9 abr 2024, 10h14 - Publicado em 9 abr 2024, 10h12
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A ictiose pode aparecer de nascença ou se desenvolver ao longo da vida, com diferentes graus de gravidade (Freepik/Freepik)
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Ictiose vem de ichthys, que é a palavra grega para peixe, e pode parecer uma doença isolada pela forma agressiva que atinge o paciente – mas ela própria é um sintoma de alguma outra condição de fundo.

Em termpos práticos, a ictiose é uma falha na regeneração dos tecidos da pele, unhas e pelos. A superfície extremamente seca leva ao acúmulo de pele velha, deixando um aspecto seco e escamoso, além de um tom acinzentado.

Muito comum em recém-nascidos, a condição pode se manifestar em qualquer fase da vida.

+Leia também: Um guia sobre estrias: causas, como prevenir e tratamentos indicados

Quais são os principais sintomas de ictiose?

O sintoma mais latente é o aspecto de escamas na pele, mas existem outros sinais:

  • Aprofundamento das linhas da pele
  • Ressecamento da pele
  • Descamação da pele na palma dos pés, mãos e no couro cabeludo
  • Queda de cabelo
  • A pele é mais suscetível a inflamações e infecções
  • Redução na produção de suor
  • Dificuldade na movimentação das articulações
  • Coceira
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Vale ressaltar que podem ocorrer outros sintomas que vão depender da região onde está se manifestando a ictiose. O clima frio e seco tende a piorar as condições.

Quais são os principais tipos e causas de ictiose?

Existem duas grandes categorias: ictioses congênitas (ou hereditárias) e ictioses adquiridas. O primeiro caso indica uma condição que surge no nascimento ou primeiro ano de vida, enquanto o tipo adquirido surge mais tarde e é influenciado por hábitos e fatores ambientais.

As ictioses hereditárias podem ser:

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  • Vulgar: surge por mutações na filagrina, proteína essencial para a estrutura e hidratação da pele. Se manifesta durante o primeiro ano de vida.
  • Bolhosa: além da pele excessivamente seca, pode apresentar bolhas, que podem infeccionar e gerar um odor forte. É causada por mutações nos genes KRT1 ou KRT10, responsáveis pela produção de queratina na pele.
  • Arlequim: extremamente grave e comum em bebês, é caracterizada por um intenso ressecamento que pode levar à distensão da pele e até mesmo virar os lábios e pálpebras para dentro. Causada por mutações nos genes ABCA12, responsáveis pela formação da barreira protetora da pele. As rachaduras frequentes podem levar a infecções geralmente fatais.
  • Lamelar: manifestada logo após o nascimento, surge por mutações no gene TGM1, essencial para a formação da pele.
  • Ligada ao X: afetando praticamente apenas meninos, aparece logo após o nascimento, caracterizada pelas escamas na pele, especialmente nas mãos, pés, pescoço ou nádegas.

A ictiose adquirida tem relação com doenças renais, hipertireoidismo, sarcoma de Kaposi, infecção por HIV, linfoma de Hodgkin, entre outros casos. Também pode surgir como reação a alguns remédios.

Quais são os tratamentos indicados para ictiose?

Em qualquer cenário, a ictiose deve sempre ser tratada com apoio de um pediatra ou dermatologista, pois nem todos os cuidados podem se aplicar a diferentes casos. Recomendações dos médicos incluem:

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  • Uso de cremes com vaselina, ureia ou alfa hidroxiácidos logo após o banho
  • Evitar água muito quente no banho
  • Optar por sabonetes com pH neutro
  • Usar cremes esfoliantes com lanolina ou ácido lático para remover camadas secas da pele
  • Em casos graves, retinoides (pomadas ou comprimidos) podem ajudar a acelerar a renovação da pele

Mesmo que não seja você a ter esse quadro, lembre-se de tratar com respeito as pessoas que manifestam essa condição e que podem ficar fragilizadas pela mudança na aparência.

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