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WaterTok: tendência que busca incentivar ingestão de água exige cuidados

Vídeos virais promovem estratégias para tornar o ato de beber água "mais divertido", mas é preciso atenção ao que você está misturando ao líquido

Por Maurício Brum
17 abr 2024, 09h01

Não gosta de tomar água? Uma tendência que se difundiu em vídeos virais promete a solução: é o WaterTok, que incentiva o uso de adoçantes e saborizantes para obter um líquido “menos chato” e manter a hidratação em dia. Parece uma solução mágica, mas não é: médicos apontam os riscos de substituir a ingestão da água normal por uma versão com aditivos artificiais – mesmo aqueles sem calorias.

“Quando adicionamos aditivos, açúcares, conservantes, adoçantes à água, além de haver um acréscimo em solutos a serem filtrados e removidos do nosso corpo, ainda estamos condicionando ao nosso paladar para produtos cada vez mais doces”, resume a médica nefrologista Melissa Pinheiro Santos, diretora do Serviço de Nefrologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo.

+Leia também: A ciência da hidratação

No WaterTok, até existe uma preocupação primordial: muitos influencers sugerem que não se faça uso de xaropes com sabor. Ricos em açúcar, eles tornam a mistura muito calórica, podem levar a picos de glicemia e a um risco maior de desenvolver diabetes no longo prazo.

Só que a troca por um adoçante sem calorias também tem seus problemas.

“Eles também não podem ser consumidos livremente. Há um limite de ingestão diária a depender do adoçante utilizado”, diz Melissa. Além disso, ao criar um hábito de ingestão de uma água muito adocicada, o paladar se altera. “Isso pode desmotivar o consumo de frutas e legumes“, diz a médica.

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Qual a importância de tomar água

Cerca de 60% de nosso corpo e 90% do sangue é água. Só nessas informações já dá para ter uma noção da sua importância. A ingestão do líquido é tão vital que nosso corpo para de funcionar muito mais rapidamente – em poucos dias – sem H2O do que sem alimentos – quando consegue sobreviver por semanas.

“Consumir ao menos dois litros de água por dia é um hábito a ser conquistado. O objetivo dele é facilitar a remoção de toxinas produzidas pelo corpo e repor a perda hídrica natural que temos por meio da transpiração e respiração”, complementa Melissa.

Além de garantir o bem-estar, prevenindo até sintomas básicos como uma dor de cabeça pela desidratação, manter a ingestão de água em dia está associado à redução nos riscos de desenvolver uma infecção urinária ou pedras nos rins.

Como aumentar a ingestão de água se não gosto do sabor dela?

Mesmo sabendo da importância de tomar água, muitas pessoas ainda resistem a ela. Embora seja por definição insípida, ou seja, sem sabor, essa falta de gosto também pode causar repúdio em alguns de nós.

Por isso, o jeito de aumentar a ingestão de água pode, sim, passar por saborizá-la – mas de preferência evitando os aditivos artificiais como aqueles indicados no WaterTok. “Pode-se consumir água saborizada de itens naturais como frutas (limão, laranja e morangos), ervas (hortelã) e raízes (gengibre)”, explica a médica.

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Também vale reforçar que o corpo obtém água de diferentes maneiras, inclusive através da alimentação. Manter uma dieta rica em alimentos com muita água como frutas e verduras, embora isso não substitua a ingestão do líquido propriamente dito, contribui para reduzir os sintomas e riscos de uma desidratação mais grave.

Uma boa maneira de saber se o corpo está pedindo mais água é através da cor da urina: ela não deve ir além de um amarelo claro. Se estiver muito escura, é sinal de que é hora de se hidratar.

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