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Por que é uma má ideia lavar carnes antes de cozinhá-las

Técnica é incapaz de remover os microrganismos nocivos e pode até espalhá-los pela cozinha

Por Maurício Brum
20 Maio 2025, 15h43
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Micro-organismos que ficam na superfície das carnes são eliminados no processo de cozimento (Kinga Krzeminska/Getty Images)
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Se você tem o hábito de lavar carnes antes de prepará-las na cozinha, prepare-se para uma verdade inconveniente: essa precaução não serve para “descontaminar” o alimento. Ao contrário, pode até fazer mal à saúde.

A polêmica já tinha aparecido antes com o frango, mas vale também para outros tipos de carne. Entenda melhor por que essa atitude tão consagrada na sabedoria popular é contraindicada pelos especialistas.

Lavar a carne não “limpa” nada e traz perigos

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que a superfície da carne pode, sim, conter micro-organismos capazes de trazer danos à saúde. Mas isso se refere principalmente ao produto cru. Se a carne for conservada e preparada adequadamente, essa contaminação superficial é normal e não provoca riscos, porque o cozimento elimina esses micróbios.

Mas perceba o detalhe no parágrafo acima: o perigo maior reside na carne crua. E é aí que a precaução, tomada inicialmente em prol da saúde, acaba virando um “gol contra”. Ao entrar em contato com o alimento, a água pode respingar e dispersar esses microrganismos contaminantes pela cozinha – na própria pia ou nos utensílios ao redor.

Dependendo de onde os micro-organismos forem parar (pense, por exemplo, na sua esponja, um terreno fértil para a proliferação de bactérias), o ato de lavar a carne acaba criando um ambiente propício para uma contaminação cruzada.

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Em termos práticos: pense em um cenário hipotético em que você lavou a carne e a água contaminada permaneceu acumulada em algum canto da pia. Na sequência, você lavou uma salada naquele mesmo ambiente. E esse alimento, que vai ser consumido cru, acabou entrando em contato com os micro-organismos que tinham sido espalhados antes.

Abre-se então uma porta para uma intoxicação alimentar por meio da contaminação cruzada. Tudo isso enquanto a própria carne não fica limpa, já que a água, sozinha, é incapaz de matar os micróbios.

Como garantir a segurança da carne?

Se você estiver usando carne fresca, é importante sempre confiar nos seus sentidos: o cheiro e a aparência ajudam a determinar se ela está segura para o consumo.

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Mas vale lembrar que, caso essas características estejam estranhas, lavar não resolve o problema – nesse caso, o indicado é descartar o alimento. Lavar não “conserta” uma carne já estragada.

Já se a carne for congelada, o correto é proceder com o descongelamento na geladeira. Não é recomendado deixá-la à temperatura ambiente, o que aumenta o risco de proliferação de microrganismos no processo.

+Leia também: Existe jeito certo de descongelar carne? Saiba a forma mais segura

Ao cozinhar, o indicado é que a carne atinja uma temperatura em torno de 70 graus para eliminar os microrganismos nocivos. Um pedaço íntegro de carne concentra esses contaminantes na superfície.

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Já no caso de carne moída, como em um hambúrguer, a superfície de contato é muito maior e o cuidado precisa ser potencializado, já que há bem mais chances de contaminação – por isso, é contraindicado consumir esse tipo de carne mal passada.

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