Difícil olhar para a pitaia e não se encantar com sua cor. Em seguida, é o sabor que faz sucesso.
Que o diga o químico Guilherme Julião Zocolo, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical. Ele percebeu que esses atributos serviriam muito bem à produção de um corante natural.
E dito e feito! Após levar a fruta ao laboratório, Zocolo chegou a belas tonalidades de vermelho, violeta e rosa — e sem recorrer a misturas.
“Um ponto positivo é que o processo de obtenção é totalmente à base de água. Ou seja, não usamos nada derivado do petróleo”, conta.
Cabe notar que o corante vermelho natural mais usado pela indústria atualmente, o carmim de cochonilha, é rejeitado pelo gigante mercado de produtos veganos, já que é feito a partir de um inseto. O de pitaia cairia como uma luva nesse e em outros casos.
A Embrapa aguarda parcerias com empresas para seguir com a inovação.
E com a beterraba?
Está aí um alimento que gera um corante natural vermelho bastante usado pela indústria. Mas algumas questões fazem com que a pitaia tenha vantagens nessse duelo.
“A beterraba apresenta um gosto um pouco ferroso”, informa Zocolo. Para neutralizar eventuais problemas de sabor e aroma em seu corante, alguns processos químicos extras se fazem necessários. Com a pitaia, por outro lado, isso não precisa acontecer.
Benefícios por fora e por dentro
A pitaia merece espaço no dia a dia pelos seus atributos
- Antioxidantes
São capazes de proteger nossas células de danos provocados pelos radicais livres. Dessa maneira, auxiliam na prevenção de um punhado de doenças. - Pouca caloria
A fruta concentra bastante água, contribuindo com a hidratação. Além disso, é pobre em açúcar. Uma opção leve e refrescante, portanto. - Vitamina C
Ela participa da absorção do ferro e é aliada do nosso sistema imunológico. Também cumpre papel como antioxidante, blindando o organismo. - Fibras
Essas substâncias fazem sucesso sobretudo pela força que dão ao funcionamento do intestino. Ainda facilitam o controle do colesterol e da glicose no sangue.