Pimenta para viver mais?!
Apimentar a dieta está associado a um menor risco de morte precoce - e uma substância específica pode estar por trás disso
Além da riqueza de cheiro, cor e sabor, as pimentas podem acrescentar às receitas um toque inusitado: anos a mais de vida. A notícia vem da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, onde cientistas analisaram informações de 16 mil pessoas ao longo de quase duas décadas.
Debruçados em dados sobre morte e suas causas, eles descobriram que o índice de mortalidade era 13% menor entre aquelas que comiam as ardidinhas pelo menos uma vez por mês. Embora não tenham desvendado totalmente os porquês, os benefícios são atribuídos à capsaicina.
Essa substância, responsável pelo ardor do ingrediente, ajuda a regular a dilatação dos vasos sanguíneos. Com a melhora da circulação, ganha-se proteção contra as doenças cardiovasculares.
“A capsaicina ainda aumenta a temperatura corporal. Portanto, promove a queima de calorias e favorece o controle do peso”, aponta o nutrólogo Enio Cardillo Vieira, de Belo Horizonte. Só não precisa exagerar e transformar as refeições em uma erupção de vulcão.
Alguns tipos de pimentas (e o ardor de cada)
Malagueta
Picância*: 164 mil
Nutrientes: fibra, magnésio e fósforo
Vai bem em: pescados e carnes
Dedo-de-moça
Picância: 46 mil
Nutrientes: magnésio e potássio
Vai bem em: temperos e saladas
Cumari
Picância: 210 mil
Nutrientes: magnésio, ferro e cálcio
Vai bem em: cozidos e marinados
Jalapeño
Picância: 37 mil
Nutrientes: vitamina C e potássio
Vai bem em: molhos e geleias
* Escala Scoville, que vai de 0 (sem capsaicina) a 16 milhões (capsaicina pura)