O que são superalimentos e vale a pena investir neles?
Alimentos ricos em nutrientes são sempre bem-vindos em uma dieta equilibrada - o problema é pensar neles como mais um milagre
No mundo contemporâneo, a busca por soluções fáceis que resolvam problemas complexos é uma constante. E é nesse contexto que surgem os chamados superalimentos.
Que fique claro: os itens que se encaixam nessa categoria podem contribuir para uma alimentação saudável e oferecer uma variedade de nutrientes e benefícios à saúde.
A questão que fica é se vale depositar nossas esperanças de uma vida mais saudável em alguns poucos alimentos, ao invés de pensar na alimentação como um todo.
Mas o que são os superalimentos?
O termo “superalimentos” refere-se a alimentos ricos em nutrientes essenciais e compostos bioativos, conhecidos por promoverem a saúde e reduzirem o risco de doenças. É uma definição que lembra aquela que, até outro dia, utilizávamos para os “alimentos funcionais”.
Estes alimentos são geralmente fontes de vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras, proteínas e gorduras boas. E, como dito, a inclusão deles na rotina diária pode contribuir para promover a saúde e prevenir doenças crônicas.
Alguns estudos sugerem que ingerir superalimentos tem benefícios, que envolvem prevenção de diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer.
Mesmo assim, devemos ter cuidado para não esperar grandes milagres vindos desses alimentos.
Um exemplo: a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), em seu último posicionamento, alertou que a crença exagerada em superalimentos, fora do contexto de estilo de vida saudável, pode comprometer o emagrecimento.
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Exemplos de superalimentos e como inseri-los na dieta
Ao olhar a lista do que é considerado um superalimento, você vai perceber que eles nada mais são do que os itens já indicados dentro do contexto de alimentação saudável e equilibrada, e que costumam ser divididos em grandes grupos:
- Frutas: frutas vermelhas, uvas, melancia, abacate, açaí.
- Vegetais: batata-doce, espinafre, brócolis, tomate.
- Produtos lácteos fermentados: iogurte, principalmente quando enriquecidos com probióticos e vitamina D.
- Cereais e grãos integrais: quinoa, cevada, aveia, tremoço.
- Oleaginosas e sementes: amêndoas, castanhas do Pará, castanhas de caju, avelãs, macadâmias, nozes, pinhões, pistache, sementes de girassol e sementes de linhaça.
- Alimentos proteicos: ovos, salmão e, principalmente, proteínas vegetais (grão-de-bico, feijões, lentilha).
- Outros: azeite, chá verde, cacau, cúrcuma, mel.
Em conjunto, esses alimentos oferecem grande variedade de vitaminas e minerais, fibras (importantes para prevenção de doenças e funcionamento intestinal), ômega-3, proteínas de alto valor biológico, além de substâncias consideradas funcionais, como prebióticos, resveratrol, licopeno, antocianinas, flavonoides e compostos fenólicos.
Esses alimentos são facilmente consumidos dentro de uma dieta equilibrada. Mas para que sejam observados os benefícios relacionados com a saúde e bem-estar, é importante também limitar o consumo de alimentos prejudiciais à saúde, como excesso de açúcar e alimentos ultraprocessados.
Além disso, é fundamental considerar o modo de preparo e a qualidade dos alimentos. Escolha opções orgânicas e frescas sempre que possível!
Para concluir, é importante lembrar que não existe um único alimento ou grupo de alimentos que garanta uma saúde ótima. O segredo reside na variedade e na moderação.
*Este texto foi produzido pelo Nutritotal em uma parceria exclusiva com VEJA SAÚDE.