“Nariz artificial” flagra comida estragada
Invenção brasileira evita venda de itens que passaram do ponto
No mercado, você já cheirou um alimento antes de levá-lo para casa?
Apesar de muitos deles terem a data de validade estampada na embalagem, sentir o odor ainda é uma prática comum entre os consumidores, sobretudo diante de itens frescos.
Ocorre que nem sempre o olfato tem a melhor acurácia. Daí a ideia de cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU): eles criaram biofilmes de amido do tamanho de botõezinhos que atuam como “narizes” artificiais.
Quando o alimento começa a estragar e a soltar certo odor, o dispositivo muda de cor. “Esse mesmo sistema pode ser utilizado para acompanhar o amadurecimento de frutas”, conta o químico João Flávio Petruci, professor da UFU e um dos responsáveis pela iniciativa.
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Odor que vira cor
Tecnologia sinaliza se produto não está adequado ao consumo
1) Captando o odor
O alimento fica em um recipiente e os botões de amido no topo da embalagem. Há um espaço entre eles, permitindo que esses sensores detectem os gases liberados no pequeno ambiente.
2) Alterando a cor
Os botões de biofilme de amido são preparados para mudar de cor assim que detectarem odores expelidos durante o apodrecimento da comida — num processo inclusive mais preciso.
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Dedos-duros no ar
Odor ruim no alimento não vem do nada: ele é um indicativo claro de que existem micróbios no pedaço.
Bactérias e fungos adoram se proliferar em comidas com bastante água disponível — por isso elas costumam apodrecer primeiro. O problema é que essas criaturas liberam toxinas perigosas ao organismo.
Suspeita que estragou? Jogue fora.
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