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Montar um prato mais colorido pode proteger o cérebro, diz estudo

Consumo de vegetais de diversas tonalidades parece reduzir o risco de declínio cognitivo com passar do tempo

Por Da Redação
Atualizado em 10 ago 2021, 11h01 - Publicado em 9 ago 2021, 16h20

Alimentos que concentram flavonoides, como morango, laranja, pimentão e maçã, podem reduzir o risco de declínio cognitivo em até 20%. Isso é o que mostra um estudo publicado recentemente na Neurology, revista médica da Academia Americana de Neurologia.

Encontrados naturalmente nas plantas, os flavonoides são considerados antioxidantes poderosos. Na prática, protegem as células de danos causados por moléculas instáveis, os radicais livres – inclusive na massa cinzenta. Segundo o trabalho, é preciso ingerir ao menos meia porção por dia desse grupo para que ocorra algum benefício ao cérebro.

A avaliação contou com 49 493 mulheres e 27 842 homens – a idade média deles era de 48 e 51 anos, respectivamente, no início do estudo. Durante 20 anos de acompanhamento, as pessoas responderam a questionários sobre a frequência com que comiam vários alimentos. A ingestão de diferentes tipos de flavonoides foi calculada multiplicando o conteúdo da substância de cada item por sua frequência.

Os participantes avaliaram suas próprias habilidades cognitivas duas vezes ao longo da investigação, baseando-se em perguntas como: “Você tem mais dificuldade do que o normal para se lembrar de eventos recentes?” e “Você tem mais problemas do que o normal para lembrar uma pequena lista de itens?”

Esta autoavaliação captura problemas iniciais de memória, ou seja, quando há uma piora capaz de ser percebida pelo indivíduo, mas não intensa o suficiente para ser flagrada em exames específicos.

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As pessoas do grupo que representava os 20% maiores consumidores de flavonoides tinham, em média, 600 miligramas da substância na dieta por dia. Esse valor caía para 150 mg diários entre os 20% com menor ingestão. Morangos, para ter uma ideia, reúnem cerca de 180 mg de flavonoides por porção de 100 gramas, enquanto as maçãs exibem cerca de 113 mg.

Depois que os pesquisadores ajustaram fatores como idade e ingestão calórica total, notaram que os maiores fãs de flavonoides relataram um menor declínio cognitivo.

“Há cada vez mais evidências sugerindo que os flavonoides são potentes quando se trata de evitar que suas habilidades mentais diminuam com o envelhecimento“, disse Walter Willett, da Universidade Harvard, em Boston, Massachusetts, em comunicado oficial sobre o estudo. “Nossos resultados são empolgantes porque mostram que fazer mudanças simples na alimentação podem ajudar a prevenir o declínio cognitivo.”

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Os alimentos com mais poder

Os pesquisadores também observaram o benefício de alguns tipos de flavonoides individualmente. Dessa maneira, descobriram que flavonas e antocianinas se destacam no quesito blindagem cerebral.

As flavonas estão em alimentos como pimentas e vegetais amarelos e alaranjados. Elas foram associadas a uma redução de 38% no declínio cognitivo, o que equivale a ser três ou quatro anos mais jovem. Já as antocianinas aparecem em itens vermelhos e arroxeados, como uva, açaí, amora e jabuticaba. Nesse caso, a diminuição na possibilidade de problemas na cognição foi de 24%.

Uma limitação do trabalho é que os próprios participantes descreveram suas dietas e, por isso, podem não se lembrar perfeitamente o que comeram ou em qual quantidade.

“Embora seja possível que outros fitoquímicos estejam trabalhando aqui, uma dieta colorida rica em flavonoides, e especificamente em flavonas e antocianinas, parece ser uma boa aposta para promover a saúde do cérebro em longo prazo. E nunca é tarde para começar, porque vimos essas relações protetoras independente de as pessoas consumirem os flavonoides há 20 anos ou mais recentemente”, incentivou Willet.

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