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Ferritina: o que é e quais os perigos se está alta ou baixa

Proteína relacionada à presença de ferro no sangue indica diferentes problemas de saúde quando está alterada, da anemia à hemocromatose. Como é o exame

Por Maurício Brum
29 fev 2024, 09h36

“Está se sentindo fraco? É porque está faltando feijão!” Ao menos, é o que crescemos ouvindo, associando a leguminosa rica em ferro a uma melhora de condições tipicamente associadas à fadiga, como a anemia. Mas nem sempre é bem assim. O excesso desse mineral também pode causar sintomas desagradáveis, inclusive o próprio cansaço e sensação de fraqueza. A forma de identificar isso? Através de um exame de ferritina.

Avaliada a partir de um teste de sangue, a ferritina é uma proteína que carrega as moléculas de ferro pelo nosso corpo, garantindo que os órgãos sejam bem abastecidos para funcionar direito. Só que alterações nesse indicador são sinal de problemas e, embora a anemia seja uma preocupação mais comum, a ferritina elevada também merece atenção.

Saiba mais sobre esse teste e como interpretar os resultados.

+Leia também: Anemia não é só deficiência de ferro

Como é feito o exame

Os níveis de ferritina são medidos a partir de um exame de sangue simples, realizado em poucos segundos. Em geral, não é preciso fazer uma preparação prévia, como um período de jejum, mas isso pode variar em casos específicos.

É comum que o exame de ferritina seja solicitado junto com outros testes, a partir da mesma coleta de sangue, que podem exigir um preparo diferente. Os resultados costumam sair em poucas horas ou dias, a depender do laboratório.

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O que significa a ferritina alta?

A ferritina elevada pode ser um sinal de hemocromatose, uma condição genética que leva ao acúmulo excessivo de ferro. Outro teste associado ao diagnóstico, também feito a partir de uma amostra de sangue, é o índice de saturação da transferrina. Se as duas estiverem altas, é sinal reforçado de atenção.

Além da hemocromatose, que pode causar danos nos órgãos se permanecer sem tratamento no longo prazo, a ferritina alta também pode indicar doenças hepáticas, síndrome metabólica, inflamações ou ocorrer como consequência do alcoolismo.

O diagnóstico definitivo, porém, deve ser sempre feito a partir de avaliação médica, pois para cada uma das possibilidades é necessário considerar o histórico do paciente e realizar exames complementares.

E a ferritina baixa?

Um baixo nível de ferritina é indício de uma deficiência de ferro no organismo. Aqui também é preciso levar em conta os resultados de outros exames de sangue, como alterações no hemograma. E a própria alimentação do paciente.

Se a deficiência for muito acentuada e confirmada por testes complementares, a ferritina baixa é um sinal de anemia. Na idade reprodutiva, essa queda pode acontecer em função da menstruação, dependendo da fase do ciclo em que o exame foi feito.

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Quais os sintomas da ferritina alterada

Em geral, a ferritina em níveis desregulados não provoca sintomas por si mesma. Quando há manifestações pelo corpo, elas costumam já ser sinal de que alguma doença como a hemocromatose ou a anemia já estão instaladas. Nos dois casos pode haver cansaço e mal-estar e dores pelo corpo ou articulações.

A anemia também costuma ser marcada por uma palidez na pele.

Como normalizar os níveis de ferritina

A forma de fazer a ferritina voltar ao normal deve ser definida com o médico, pois as causas são variadas. Em geral, é necessário realizar adequações na dieta, seja para aumentar ou reduzir a ingestão de ferro levando em conta alimentos como carne vermelha, frango, ovo ou feijão, e podem ser empregados medicamentos conforme o caso.

Pessoas com anemia podem precisar de suplementação do nutriente. Já casos mais graves de hemocromatose podem exigir a realização de flebotomias terapêuticas, também conhecidas como “sangria”, em que parte do sangue é retirado periodicamente para reduzir os níveis de ferro em circulação no organismo.

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