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Como é a produção de vegetais orgânicos?

Não depender do uso de agrotóxicos é o diferencial mais famoso em comparação ao cultivo convencional. Mas há um monte de outros detalhes em jogo

Por Thaís Manarini
Atualizado em 17 dez 2021, 14h21 - Publicado em 17 dez 2021, 14h21

1- A escolha da semente

Existem versões orgânicas, mas elas ainda não são abundantes no mercado. Dá para usar as não orgânicas, só que há regras: não podem ser transgênicas nem ter recebido tratamento químico com fungicidas, pesticidas etc.

Uma coisa bacana no orgânico é a valorização de sementes crioulas, que preservam características tradicionais e são mantidas por agricultores familiares ao longo de décadas. Há quem venda ou troque com os vizinhos.

vegetais orgânicos
(Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

2- Manejo do cultivo

Ao contrário do plantio convencional, não se usam agrotóxicos nem adubos sintéticos. Então, o desafio é manter o solo muito rico para nutrir a planta, deixando-a menos suscetível ao ataque de pragas.

Para isso, recorre-se ao incremento da matéria orgânica, com resíduos vegetais, animais e húmus. É essencial aplicar caldas e fertilizantes orgânicos. Em volta da lavoura, deve-se plantar espécies altas, formando uma barreira contra ventos capazes de trazer poluentes.

vegetais orgânicos
(Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

3- Hora da colheita

Se tudo for feito do jeito certo — da colheita ao armazenamento e transporte —, o alimento orgânico tem uma vida de prateleira maior em comparação ao similar vindo do sistema convencional.

Isso porque ele foi mais bem nutrido e sofreu menos estresse, esbanjando energia no pós-colheita. Para garantir que o solo siga rico, entre várias práticas, o agricultor faz um rodízio de culturas: onde ele plantou cenoura, pode cultivar alface.

vegetais orgânicos
(Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

Vantagens para todos os lados

O excesso de agrotóxicos não é potencialmente perigoso só para quem os ingere via alimentação. Sua aplicação desequilibra todo um sistema. Perceba: uma vez no solo, esses produtos vão parar nos rios. Além de as pessoas no entorno utilizarem uma água contaminada, os animais que dependem do líquido podem acabar doentes.

No modelo orgânico, há compromisso com a preservação do meio ambiente, o uso racional dos recursos naturais e a regeneração de áreas degradadas. Sem falar que os agricultores têm uma melhor qualidade de vida.

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+ LEIA TAMBÉM: Os orgânicos são mais ricos

A limpeza é indispensável

Embora o alimento orgânico não receba produtos químicos, não significa que esteja livre de sujeiras

  • Água corrente
    Em primeiro lugar, lave muito bem os vegetais. Folhas devem ser higienizadas uma a uma. Frutas e legumes também merecem um banho caprichado.
  • Molho em água sanitária
    Em seguida, deixe os vegetais por 10 minutos em uma solução composta de 1 colher de sopa de água sanitária e 1 litro de água. Enxágue.

O orgânico de origem animal

Peculiaridades na criação de vacas, galinhas, porcos…

  • Remédios
    Os alopáticos são usados em último caso. Muitos animais são tratados com homeopatia e fitoterápicos.
  • Ração
    Só pode apresentar ingredientes orgânicos. Precisa contar com avaliação, laudo e registro.
  • Dia a dia
    Tem respeito, então os bichos vivem mais soltos. No modelo convencional, ficam confinados na maior parte do tempo.
  • Pastagem
    Na pecuária, ela não recebe agrotóxicos. Busca-se preservar a vegetação, que oferta sombra e alimento aos animais.

Fontes: Priscila Terrazzan Callegari, engenheira-agrônoma e diretora de agricultura do Instituto Biosistêmico; Rúben Gouvêa, agroecólogo e especialista em sistemas agroflorestais do Imaflora – ­Programa Florestas de Valor

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