Já há fartas evidências de que abusar da carne vermelha, sobretudo os cortes gordurosos, aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Então será que vale a pena substituí-la pelos análogos de carne à base de plantas?
Foi o que investigou uma equipe de Singapura. Em experimento publicado no American Journal of Clinical Nutrition, eles documentam os efeitos de duas dietas — uma à base de proteína animal e outra à base da versão vegetal — em dois grupos divididos aleatoriamente e acompanhados por oito semanas — no total, eram 89 voluntários.
Resultado: nenhuma diferença aparente entre as turmas foi notada com relação aos níveis de colesterol e pressão arterial.
“Os benefícios para a saúde de dietas à base de plantas não devem ser confundidos com o de dietas à base de análogos de carne feito com plantas. Eles são diferentes em termos de nutrição e saúde”, ressaltam os autores.
+Leia Também: O fenômeno plant-based
Atenção a substituição
A grande maioria dos alimentos análogos de carne à base de plantas pertence à categoria dos ultraprocessados. Isso significa que contêm aditivos e podem ser desbalanceados em termos nutricionais, tendo sódio e gordura saturada em excesso. Eles estão longe de ser tão equilibrados quanto suas matérias-primas ao natural, como ervilha, soja ou grão-de-bico. Então atenção ao rótulo!