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Café fake: como identificar e qual o risco de consumir?

Produtos similares ao café tradicional não conservam propriedades da bebida original e podem até causar danos à saúde

Por Maurício Brum
3 jun 2025, 11h51
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Marcas impróprias para consumo devem ser recolhidas pela presença de toxinas (./Reprodução)
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A notícia de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação e comercialização de três marcas de “café fake” deixou consumidores em alerta em todo o Brasil. Não é à toa: no final de maio, a fiscalização apontou potenciais riscos à saúde em função da presença de toxinas nos lotes, que estão sendo recolhidos desde segunda-feira (2).

O banimento se refere a produtos vendidos como “pó para preparo de bebida sabor café”, sob as marcas Oficial (Master Blends), Pingo Preto e Melissa.

Entenda melhor como identificar que você não está comprando café de verdade e os riscos envolvidos nesse produto.

+Leia também: Parece, mas não é: 10 comidas “fake” que invadiram os supermercados

Como identificar o café fake

Uma vez aberto, pode ser difícil distinguir visualmente esse pó de um café normal.

Por isso, o cuidado deve começar já no supermercado mesmo, observando a embalagem, que precisa trazer informações claras de que o pacote não pode ser enquadrado como um café. O “café fake” deve informar no rótulo que se trata de um “pó para preparo de bebida sabor café”.

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Isso muitas vezes é feito em letras pequenas, e o resto da embalagem propositalmente tenta confundir com um café real, trazendo imagens como grãos ou uma xícara de cafezinho. Em alguns casos, há uma imitação completa até no nome, como ocorre com o pó Melissa, que traz referências à Melitta (marca de café sem relação com o produto similar).

Eles também costumam ficar nas mesmas gôndolas e corredores do produto tradicional, induzindo ainda mais ao erro.

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Produtos similares também tentam imitar embalagens de marcas consagradas de café – caso da Melissa, que traz referências à Melitta, mas não tem relação com a marca (Abic/Reprodução)
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Por outro lado, um café de verdade deve ser feito apenas com o grão, trazendo informações como a variedade de café (por exemplo, arábica), o grau de moagem e a torra.

Lembre-se sempre de ler a embalagem. E reserve atenção redobrada aos produtos que parecem baratos demais, já que o atrativo do “cafake” é o preço menor.

Quais são os riscos do consumo?

Embora o café de verdade seja interessante para a saúde (quando consumido com moderação), nenhum desses benefícios é encontrado na versão “fake”. O rótulo já indica que esse pó só busca ter um “sabor” parecido, sem conservar as propriedades do original.

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Esses produtos frequentemente são feitos com itens que são descartados durante a produção do café normal. De modo geral, são resíduos considerados sem valor nutricional, não enquadrados como alimento e, em situações mais extremas, até mesmo capazes de causar danos à saúde.

Muitas vezes, não há informações precisas sobre quanto café há naquele produto, e pode haver a presença dos chamados elementos estranhos, como grãos de outros tipos (milho ou cevada, por exemplo), corantes ou açúcar, entre outros itens que não podem entrar em um café normal.

Determinar os riscos exatos à saúde é ainda mais difícil porque nem todo “pó sabor café” é igual: como não há normas específicas para sua produção, cada marca pode usar uma “receita” diferente.

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No caso das marcas proibidas recentemente pela Anvisa, além das matérias-primas sem qualidade alimentícia, houve contaminação por ocratoxina A, uma toxina produzida por fungos que contaminam os grãos, associada a problemas renais e outras complicações de saúde.

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