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Benefícios do chá de mulungu à saúde: quais são?

Estudos científicos comprovaram algumas das potenciais propriedades medicinais do preparo com a casca da árvore

Por Valentina Bressan
5 set 2024, 17h30
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    Propriedades do mulungu têm encontrado evidências em estudos com animais (Eurico Zimbres/CC BY-SA 2.5/Wikimedia Commons)

    O mulungu é um velho conhecido das medicinas tradicionais: a casca, as flores e os frutos são utilizados em receitas que prometem tratar desde insônia até dor de dente. Mas a popularidade do mulungu se deve principalmente às suas propriedades de ansiolítico natural.

    Efeitos calmantes e sedativos são atribuídos aos chás produzidos com a casca do caule. Nas últimas décadas, a ciência também voltou os olhos para essa árvore nativa brasileira, do gênero Erythrina, e descobriu que alguns dos usos tradicionais da planta realmente fazem sentido.

    +Leia também: 10 alimentos e chás com propriedades relaxantes

    Conheça o mulungu

    Inimiga do frio, a espécie ocorre naturalmente no Brasil em estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde as temperaturas, em geral, se mantêm mais elevadas. Hoje, é cultivada também em alguns pontos do Sudeste.

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    Além dos usos medicinais, as flores de cor alaranjada são utilizadas para produção de corantes naturais. Já as sementes, que lembram um feijão de cor vermelha, ganham novos usos com o artesanato – mas apresentam risco de toxicidade, por isso, devem permanecer longe da boca.

    Como é espinhenta, a planta serve para compor cercas-vivas. As árvores maiores podem chegar a até 15 metros de altura.

    O que diz a ciência sobre o mulungu?

    A grande maioria dos estudos sobre os compostos presentes na árvore do mulungu se voltam para investigar os possíveis efeitos do consumo sobre o sistema nervoso central.

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    A casca é a parte mais comumente utilizada para fins medicinais na tradição popular, e também prevalecem as pesquisas que utilizaram os extratos hidroalcoólicos do mulungu para estudar a ação da planta.

    Em modelos animais, o efeito do mulungu foi comparável ao de outras medicações calmantes aplicadas nos bichinhos. A redução na atividade locomotora foi outro achado nos testes.

    A atividade anti-inflamatória do mulungu é mais um benefício demonstrado por um estudo. Nesse caso, a aplicação do extrato da casca do caule ajudou a reduzir o inchaço em camundongos.

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    O combate à dor é outra propriedade dos extratos do mulungu. Cientistas encontraram efeitos antinociceptivos na casca do caule do mulungu – isso significa que as substâncias ajudaram a inibir a percepção de dor do organismo.

    Há ainda indicações de atividade antibacteriana dos compostos extraídos da planta. Outras árvores do gênero do mulungu foram alvo de estudos que visam utilizar os fitoterápicos para tratar o transtorno epilético – uma das substâncias realmente ajudou a prevenir convulsões em uma das pesquisas.

    Limitações dos estudos

    Vale dizer, no entanto, que quase todas as pesquisas são pré-clínicas – ou seja, não incluem seres humanos em seus testes. A maioria foi realizada em roedores. Por isso, não vá sair trocando o ansiolítico receitado pelo médico por chás.

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    A ciência ainda precisa descobrir mais sobre os mecanismos de ação do mulungu e conduzir estudos em humanos para bater o martelo sobre os usos medicinais da planta.

    Saiba como preparar o chá de mulungu

    De forma geral, a indicação do chá de mulungu vale para casos de ansiedade e insônia leves. O chá de mulungu deve ser preparado por decocção – ou seja, a casca do caule precisa ser fervida junto da água. O indicado é usar cerca de 0,5 a 5g (entre uma colher de chá e uma de sopa) de casca para cada 150 mL de água.

    O preparo é contraindicado para gestantes ou lactentes, e o uso do chá não deve ser contínuo – aqui, leve em conta o famoso jargão: “ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”.

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    Pessoas com insuficiência cardíaca ou arritmia não devem tomar o chá de mulungu, para evitar efeitos adversos relacionados à ação calmante da planta.

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