Parece que os cachorros estão levando a sério o fato de serem considerados parte da família. Uma pesquisa da Universidade Linköping, na Suécia, mostra que os peludos podem ser contaminados pelo estresse dos donos.
Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisar os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) de 58 cachorros e seus tutores antes do verão e do inverno. Os donos também responderam a questionários sobre eles e os pets.
“Percebemos que a personalidade dos tutores afeta muito os cães. O contrário, por outro lado, não ocorre”, relata a bióloga Lina Roth, líder do estudo. Assim, ao buscar soluções para domar o próprio nervosismo, o dono acaba zelando pelo bem-estar do seu amigo. Com a cuca mais fresca, todo mundo ganha.
Os sinais de que o cachorro anda irritado demais
Agressividade: o animal passa a ameaçar ou atacar sem motivo.
Insegurança: ele sempre está com medo: late, chora, treme…
Carência: o pet não aceita mais ficar sozinho.
Imunidade baixa: doenças de pele, gástricas e autoimunes aparecem.
Conselhos que deixam o pet na maior tranquilidade
Passeio é sempre bom: o cão entra em contato com estímulos externos, como outros bichos e sons, e se habitua a eles.
Socializar ajuda: mas sempre na medida certa. Estar com muitas crianças, por exemplo, pode ter o efeito oposto.
Banho sem neura: transforme a ida ao pet shop em passeio. Dar banho em casa também pode ser uma boa.
Veterinário amigo: ao fazer visitas com mais frequência, o cachorro passa a associá-las a experiências boas.
Autocuidado: se seu estresse está afetando o bichinho, que tal ser mais atencioso consigo mesmo?
Fonte: Carla Caroline Franzini de Souza, veterinária e professora do Centro Universitário UniCBE-RJ