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Crescer com animais de estimação traz benefícios à saúde?

Conviver com pets pode melhorar o bem-estar e tornar a rotina de crianças e jovens mais saudável – mas é preciso cautela antes de adotar um bichinho

Por Valentina Bressan
24 jan 2025, 16h30
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Ter cães ou gatos em casa pode contribuir para o desenvolvimento social e físico de crianças (Freepic.diller/Freepik)
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Com crianças em casa, os pedidos para ter um animal de estimação são bastante comuns. E com as devidas ressalvas, a ciência parece estar do lado dessa demanda dos pequenos: há indícios de que ter um pet pode melhorar indicativos de saúde de crianças e adultos.

Os benefícios inclusive podem começar já ao adotar um pet durante a gravidez. Mas é preciso cautela ao tomar a decisão de incluir um amigo de quatro patas na família: é essencial ter em conta a capacidade de cuidar do animal e considerar questões de saúde pré-existentes dos pequenos.

Confira algumas vantagens que podem vir com um pet na rotina. 

+ Leia também: Alimentação natural é melhor do que ração? 5 pontos sobre a dieta dos pets

Mais tempo lá fora

Ter um cachorro pode incentivar as crianças a alcançar os níveis ideais de atividade física diária – é o que demonstrou um estudo australiano. Foram avaliadas 600 crianças em idade escolar, entre diferentes configurações familiares: aquelas que já tinham cães; as que não tinham nenhum pet; aquelas que adotaram um cachorro durante o estudo, e as que tinham um cão que veio a falecer durante a pesquisa.

A presença do animal em casa aumenta o tempo que as crianças passam se exercitando. Os impactos foram especialmente significativos para meninas.

Quase 1 hora adicional de atividades físicas faz parte da rotina de meninas cujas famílias têm um cachorro ou que adotaram um cãozinho, em comparação àquelas que não tem um pet. Perder o bichinho, em contrapartida, reduziu o tempo gasto em exercícios físicos.

Praticar exercícios físicos, seja caminhando com o dog ou brincando, também ajuda a manter os pequenos longe das telas – ou seja, os benefícios se acumulam. 

 + Leia também: O pet morreu? Atenção às emoções das crianças

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Adoção de gatos cresce no Brasil (Foto: Lucas Rocha/Divulgação)

Cuidado com a natureza

Além de incentivar os pequenos a se exercitarem mais, a interação diária com os bichos de estimação promove entre as crianças um maior senso de empatia em relação à natureza

Mesmo crianças com pouco acesso a espaços naturais desenvolveram índices melhores de proximidade com o meio ambiente ao ter um animal em casa.

Autoestima e companheirismo

Uma pesquisa de revisão encontrou associações entre ter um pet e marcadores de saúde emocional. Um dos destaques é relacionado à autoestima: há evidências de que, quanto maior o apego ao animal, melhores os níveis de autoestima e autoconfiança, especialmente na pré-adolescência e adolescência.

Para esse mesmo grupo, ter um pet foi indicativo de menores índices de solidão – que é um fator de risco para depressão e ansiedade

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Cuidar de um bichinho pode cultivar a percepção de responsabilidade e importância, o que faz crianças e jovens se sentirem bem consigo mesmos.

Inteligência verbal

Outro levantamento científico encontrou dados que apontam maior inteligência verbal entre crianças com pets na família.

Aos dois anos, a pesquisa indicou que os pequenos tinham melhor comunicação não verbal do que aqueles que vivem sem os companheirinhos. O comportamento pró-social também é reforçado no grupo que convive com pets.

Já aos cinco anos, os resultados mostram melhores taxas de desenvolvimento de linguagem entre meninos e meninas que têm aliados animais.

Prevenção de asma e alergias alimentares

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Estudos robustos já evidenciaram que a exposição a um cachorro no primeiro ano de vida da criança diminui em 13% a chance de que ela desenvolva asma durante a infância.

Agora, pesquisas mais recentes relatam que a convivência com os animais também ajuda a reduzir a probabilidade de ter alergias alimentares.

A exposição a cães e gatos durante o desenvolvimento fetal – ou seja, durante a gravidez da mãe – e ao longo da primeira infância diminuiu a incidência de alergias alimentares até os três anos de idade. 

Cuidados: cautela ao adotar um bichinho

Embora diversos estudos se debrucem sobre as vantagens que ter um pet pode trazer, tanto para crianças quanto para adultos, adotar um animal não é garantia de uma saúde física ou emocional melhor.

É preciso avaliar as condições de cada família de cuidar adequadamente do animal, incluindo na conta o acompanhamento veterinário e outras necessidades, como passeios diários no caso de cães.

A saúde da criança também precisa ser considerada: adotar um animal não vai trazer benefícios para uma criança que já tem alergias, por exemplo – na realidade, é possível que a doença piore. 

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Os próprios estudos ressaltam que ainda há limitações ao afirmar os benefícios da convivência com animais: é preciso adaptar os resultados de acordo com diferentes realidades socioeconômicas e desenvolver pesquisas mais aprofundadas para descobrir os impactos de diferentes espécies de animais à saúde.

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