A demência, decorrente de perdas neurológicas que costumam vir com o envelhecimento, arrasa a memória, o raciocínio e a capacidade de se relacionar com os outros.
Mas turbinar o cérebro desde cedo ajuda a reduzir as chances de encará-la. E uma forma interessante de fazer isso é treinar as habilidades auditivas.
“Muito idoso faz teste de audiometria e o resultado é normal. Mesmo assim, ele não entende bem o que escuta porque o problema não é a audição, mas o processamento dos sons no cérebro”, diz Ingrid Gielow, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Cerca de 20% da população tem alguma falha nas capacidades auditivas. O ideal é checar e trabalhar esse déficit desde cedo.
“Ao trabalharmos esse processamento, podemos fortalecer a camada que reveste os neurônios envolvidos com a audição e suas conexões, tornando essas vias mais rápidas e funcionais. E isso atenua prejuízos cognitivos que podem aparecer com o avanço da idade”, explica a também CEO da ProBrain, startup focada em treinamento auditivo.
Não é mera coincidência que aumentam as evidências de que déficits de audição estão vinculados à demência.
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