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Pele e emoções: como sentimentos afetam sua saúde cutânea

Estados psíquicos afetam diretamente doenças e processos dermatológicos, exigindo cuidados integrados

Por Vanessa Gheno, dermatologista, via Brazil Health*
14 ago 2025, 11h41
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Há tratamentos para controlar a psoríase. (Foto: Tharakorn Arunothai/iStock | Ilustração: Ana Cossermell/SAÚDE é Vital)
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É comum ouvirmos que a pele é o espelho das emoções. Essa frase, embora poética, tem base científica.

A pele e o sistema nervoso têm origem embrionária comum — ambos se formam a partir do ectoderma — e essa ligação permanece ao longo da vida. Por isso, sentimentos como estresse, ansiedade e tristeza podem, de fato, se manifestar na pele de forma intensa e visível.

Estresse e inflamação

Quando estamos estressados ou ansiosos, nosso corpo libera hormônios como cortisol e adrenalina. A curto prazo, eles são benéficos, mas, quando estão em níveis elevados de forma crônica, provocam inflamação sistêmica, prejudicam a barreira cutânea, aumentam a oleosidade e a sensibilidade da pele, além de acelerarem o envelhecimento.

Muitos pacientes relatam piora de condições como acne, rosácea ou dermatite atópica após períodos de intensa carga emocional. Essas doenças têm forte componente neuroimunoendócrino e são diretamente moduladas pelo estado mental.

+Leia também: Saiba qual a doença de pele mais diagnosticada entre os brasileiros

Doenças de pele emocionais

Psoríase e dermatites (seborreica, atópica ou de contato) são exemplos clássicos de doenças cutâneas relacionadas ao estado emocional. Em muitos casos, o primeiro surto ou uma piora acentuada está ligada a lutos, separações, pressão profissional ou conflitos internos.

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Tratar apenas a pele, sem considerar o que o paciente está sentindo, é como “enxugar gelo”. A dermatologia deve acolher, escutar e tratar o paciente em sua totalidade — não apenas a pele, mas toda a sua história.

Cuidados integrados

É possível criar um círculo virtuoso: cuidar da saúde emocional melhora a saúde da pele, e vice-versa. Práticas simples indicadas em consultório incluem:

  • Sono de qualidade: dormir bem regula hormônios, reduz inflamação e favorece a renovação cutânea;
  • Alimentação equilibrada: dieta rica em antioxidantes e anti-inflamatórios naturais pode reduzir lesões e irritações;
  • Atividade física: libera endorfinas e ajuda no controle da ansiedade;
  • Terapias integrativas: meditação, mindfulness e psicoterapia podem reduzir sintomas dermatológicos relacionados ao estresse.
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Escute sua pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e, muitas vezes, o mais sensível aos conflitos internos. Quando ela se manifesta, é fundamental escutar. Mais que tratar manchas, coceiras ou lesões, é preciso olhar para a pessoa por trás da pele.

Em tempos acelerados, acolher o sofrimento emocional do paciente representa um ato de cuidado profundo — e, muitas vezes, o primeiro passo para a cura.

*Vanessa Gheno é dermatologista

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(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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