O diagnóstico do câncer pode bagunçar a cabeça. Não à toa, as taxas de suicídio são 60% maiores entre pessoas que recebem essa notícia, como aponta um novo estudo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Acontece que esse número chega a impressionantes 300% se o problema surge no… pulmão.
Os cientistas analisaram um banco de dados com informações de mais de 3 milhões de pacientes ao longo de quatro décadas. A enorme quantidade de casos incluídos deu margem para mais uma descoberta: 50% dos indivíduos com um tumor de pulmão que se mataram ainda poderiam melhorar com tratamentos.
Mas o que motiva uma atitude tão drástica? A principal causa, de acordo como os pesquisadores, é o peso nos ombros causado por escolhas de estilo de vida. “85% dos nossos pacientes fumaram a vida toda e podem sentir culpa por isso”, diz Jeffrey Port, autor da investigação.
O experimento serve de alerta para a necessidade de não restringir uma pessoa à doença que carrega. Port inclusive elenca pontos que devem ser contemplados nas consultas: “(..)Você está dormindo? Está comendo? Como se sente sobre o seu diagnóstico? Os especialistas precisam incluir essas e outras perguntas como parte do exame”, reitera.