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O jeito certo de falar sobre suicídio para preveni-lo

Na tentativa de abordar o tema, série da Netflix vira estímulo para jovens tirarem a vida. Conheça a forma adequada de retratar o suicídio nas telas

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 1 set 2020, 12h09 - Publicado em 23 ago 2019, 10h05

Falar sobre suicídio é a melhor forma de preveni-lo. No entanto, isso nem sempre é feito de forma adequada, como ocorreu com a série americana 13 Reasons Why, da Netflix. A primeira temporada conta a história de Hannah Baker, uma estudante que sofre bullying e abusos e acaba tirando a própria vida. A produção foi criticada por organizações de saúde mental pela abordagem do tema.

E um estudo internacional revela as consequências reais disso. Ele mostra um crescimento de 13% no número de suicídios de americanos de 10 a 19 anos entre abril e junho de 2017 — o período pós-estreia do seriado — em relação à taxa esperada para a época. Além disso, enquanto o aumento foi de 12% para os meninos, entre meninas o índice subiu mais de 21%.

“A série retratou o suicídio como uma consequência lógica de problemas típicos da adolescência, o que facilita a identificação do público mais vulnerável com o conteúdo”, explica o médico e líder do trabalho, Thomas Niederkrotenthaler, professor da Universidade de Viena, na Áustria.

Efeito antigo

O aumento no número de suicídios após o seriado americano não é um fenômeno inédito. Caso parecido ocorreu no século 18 com a publicação do romance alemão Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe (1749-1832). Na obra, o protagonista se mata por causa de um amor frustrado.

A leitura foi gatilho para dezenas de jovens europeus se matarem — tanto que alguns países proibiram o livro. O episódio deu origem ao termo “Efeito Werther”, que descreve um boom de suicídios na esteira de obras e divulgações sobre o assunto.

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Formas saudáveis de conversar sobre suicídio

Nada é tão simples: é importante esclarecer que o suicídio é algo complexo e que pode ser motivado por múltiplos fatores.

Exemplos positivos: deve-se focar em casos e personagens que conseguem resistir aos pensamentos suicidas.

Onde pedir ajuda: nos conteúdos e filmes a respeito, é prudente informar telefones e sites de entidades de suporte.

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O que não fazer

Manual de instruções: o ato em si jamais deve ser apresentado de forma explícita — fato que ocorre em 13 Reasons Why.

Tem que falar: conversar sobre o tema não pode ser retratado como algo fútil. Afinal, é o melhor jeito de prevenir.

Morrer não é a saída: a grande mensagem a ser passada é que o suicídio não se mostra uma alternativa para resolver problemas.

Fonte: Aliança Nacional de Ação pela Prevenção do Suicídio nos Estados Unidos

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