Onipresentes nas propagandas de TV e anúncios na internet, os jogos online de aposta esportiva, mais conhecidos como bets, suscitam debates e tentativas de regulamentação pelo governo, ao mesmo tempo que motivam uma séria preocupação dos especialistas em saúde mental.
Isso porque a compulsão em jogar ganha tração com a facilidade de acesso às plataformas na tela dos smartphones. O perigo é que o cidadão pode embarcar não apenas numa dependência patológica mas também na ruína de sua vida financeira.
No Brasil, se por um lado as bets têm potencial para movimentar 130 bilhões de reais por ano, por outro o índice de endividamento das famílias já bate 78% — e, sim, uma coisa tem a ver com a outra.
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Não à toa, o tema ganhou uma comissão de estudos do reputado periódico médico The Lancet.
“O jogo de azar junta duas paixões humanas. Todo mundo gosta de prever o futuro e ganhar dinheiro. Mas essa é uma atividade que, por mais que gere excitação e relaxamento, traz riscos e incertezas. Uma brincadeira de adulto com coisa séria”, resume o psiquiatra Hermano Tavares, da Universidade de São Paulo (USP).
Qual é o tratamento?
Identificada a dependência, a terapia cognitivo-comportamental é a principal abordagem a ser adotada: as sessões ajudam a redimensionar a necessidade de jogar, treinam habilidades para resistir aos impulsos e dão suporte para a prevenção das recaídas.
Hoje também se debate o uso de alguns tipos de medicamentos e métodos como estimulação transcraniana.
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