A ideia de que ganhar e guardar é sempre o melhor a fazer não se aplica a um departamento do corpo humano: o tecido adiposo, que você visualiza aqui.
É o nosso amontoado de células de gordura, que se avolumam à medida que exageramos nas garfadas e deixamos os exercícios físicos de lado.
Nesse (des)balanço, não só engordamos como ficamos vulneráveis a uma soma de encargos fisiológicos e patológicos. Que poupança ingrata!
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Ao menos 25% dos adultos brasileiros vivem com obesidade, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, segundo dados da Federação Mundial de Obesidade.
O impacto econômico do excesso de peso no mundo em 2035 será de 4,3 trilhões de dólares. Estima-se que, em pouco mais de dez anos, metade da população estará com quilos a mais.
Investimento
Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a destinação de mais de R$ 25 milhões para incentivar a estruturação e implementação de ações de alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a pasta, as medidas terão como base a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). A previsão de fomento está em uma portaria que habilitou 1.140 municípios com população acima de 30 mil habitantes a receberem os recursos pagos em parcela única. Serão contempladas cidades de todos os estados e do Distrito Federal.
As diversas formas de nutrição inadequada afetam a população brasileira, gerando demandas ao SUS. Além da obesidade, a má alimentação está associada a outros problemas, incluindo desnutrição, carência nutricional, hipertensão, diabetes e câncer.
Nesse contexto, a expectativa é de que os recursos permitam subsidiar iniciativas de secretarias de saúde dos estados, DF e municípios na promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis.
O Ministério da Saúde informou que estuda nova proposta para ampliar ainda mais os valores em 2024. A previsão é que os recursos possam chegar a até R$ 150 milhões.