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Nova vacina para o câncer ensina o corpo a enfrentá-lo sozinho

Os primeiros testes em seres humanos já foram iniciados – e abrem caminho para uma forma revolucionária de tratar o câncer

Por Giovana Feix
Atualizado em 9 jan 2018, 17h17 - Publicado em 1 dez 2017, 15h12

Cada dia mais avançada, a imunoterapia para o tratamento do câncer começou a escrever mais um capítulo de sua história: uma vacina terapêutica está atualmente passando pelos primeiros testes em seres humanos. Os responsáveis vêm da empresa americana Moderna, que anunciou em meados de novembro a novidade.

Trata-se de uma vacina terapêutica personalizada – diferentemente das convencionais, ela será usada após o paciente receber o diagnóstico. É um tratamento que faz o próprio organismo reconhecer o câncer como um inimigo.

A tecnologia em questão foi batizada de mRNA 4157. E o nome tem motivo: a nova arma “se aproveita” do mecanismo do nosso RNA mensageiro, o mRNA, para agir no corpo. Se você não está com as aulas de biologia fresquinhas ne memória, basta entender que essas moléculas recebem e enviam ordens do DNA para o corpo.

Como vai funcionar a vacina mRNA-4157

1) Antes de tudo, identifica-se, no organismo do paciente, as principais mutações presentes em seu câncer. Sim, o tumor de cada paciente tem diferentes mutações, mesmo que se aloje no mesmo órgão.
2) A partir disso, são identificadas as 20 mutações que, de acordo com particularidades do seu organismo, têm maior chance de causar a reação imune desejada.
3) Com tecnologias de última geração, os cientistas transmitem essa informação para moléculas de mRNA e as inserem na vacina.
4) Uma vez injetadas no paciente, as moléculas de mRNA ensinam as suas células de defesa a detectar as tais mutações do câncer.
5) Aí, o sistema imune consegue combater “sozinho” o tumor.

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Ou seja: como outras armas da imunoterapia, a vacina da vez não age diretamente na doença. Ela basicamente turbina as defesas do corpo.

Parece incrível, não é mesmo? A ideia da Moderna é que, uma vez aprovada, a injeção fique pronta para cada paciente em poucas semanas depois do diagnóstico. A questão é: a que custo isso virá para a população? De pouco adianta ter uma arma revolucionária, se ninguém consegue pagar por ela.

Mais: mesmo que tudo dê certo nos estudos, ainda tem muito chão pela frente para que essa tecnologia esteja finalmente disponível. A previsão é que os resultados dessas primeiras análises fiquem prontos até o fim do ano que vem.

No momento, estão sendo investigadas a segurança e a reposta imunológica dos voluntários durante o uso. Mais adiante, serão esmiuçados a eficácia propriamente da vacina, principalmente quando combinada a uma medicação específica da farmacêutica MSD – o chamado pembrolizumabe. A tal MSD inclusive está apoiando os estudos com a vacina.

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