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Vacina experimental contra câncer de mama avançado conquista feito inédito na medicina

Voluntárias que receberam o imunizante há mais de duas décadas permanecem vivas, e os cientistas agora começam a entender os motivos

Por Maurício Brum
Atualizado em 3 nov 2025, 20h26 - Publicado em 3 nov 2025, 20h24
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Resposta longeva de antiga vacina poderia entregar peça que falta no quebra-cabeça para tratamento do câncer (Diana Polekhina/Unsplash)
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Há mais de 20 anos, um grupo pequeno de mulheres com câncer de mama metastático (o estágio mais avançado da doença) receberam uma vacina experimental contra o câncer de mama. Hoje, elas ainda estão vivas, uma longevidade nunca vista para este tipo de tumor.

A duração de longo prazo vem motivando os pesquisadores a entender melhor as razões para a vacina ter funcionado tão bem. Pesquisadores dos Estados Unidos mapearam recentemente um marcador conhecido como CD27, cuja ação poderia ajudar a melhorar ainda mais os resultados de técnicas desse tipo.

A nova pesquisa, divulgada pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, foi realizada em ratos, mas parte dos resultados observados nestas pacientes.

Entenda as novas descobertas.

+Leia também: Nova vacina “universal” contra câncer feita com RNA avança em estudos

Como foi feita a pesquisa

Surpreendidos pela resposta de longo prazo do sistema imune das participantes nos ensaios com a vacina, os cientistas observaram que elas ainda carregavam células com um marcador associado ao anticorpo CD27, que atua na busca e destruição de células tumorais.

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Eles decidiram, então, desenvolver uma terapia específica baseada nele.

Utilizando ratos, os pesquisadores buscaram proporcionar a estimulação do CD27 em associação a uma vacina que tem como alvo o HER2, outra proteína, tipicamente encontrada na superfície de células associadas ao câncer de mama.

Os resultados foram impressionantes: em ratos que receberam a terapia combinada, houve uma regressão completa do câncer em 40% dos animais observados; já naqueles que tinham recebido a vacina isoladamente, o índice ficou em apenas 6%.

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De acordo com os cientistas, vinculados à Escola de Medicina da Universidade Duke, nos Estados Unidos, os novos resultados poderiam indicar a peça faltante no “quebra-cabeça” para desenvolver uma vacina realmente eficaz contra o câncer no longo prazo.

O que os pesquisadores estão propondo

Os pesquisadores afirmam que a nova técnica é capaz de impulsionar ainda mais o trabalho das chamadas células T “ajudantes”, também conhecidas como CD4+. Hoje, grande parte das pesquisas da área tem como foco as células T “matadoras”, ou CD8+, negligenciando as outras.

O estudo sugere que as células ajudantes são muito mais do que coadjuvantes nessa história, e a estimulação pelos dois lados promete resultados ainda superiores. Em ratos que também foram submetidos a um tratamento para melhorar a função das CD8+, a capacidade de combater o câncer chegou a 90% dos casos observados.

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Entenda melhor o papel dessas diferentes células, também chamadas de linfócitos T, clicando aqui.

O novo trabalho abre caminho para pesquisas voltadas a desenvolver terapias com um foco diferente do que já existia, e com uma grande vantagem: a injeção do anticorpo CD27 se mostrou efetiva em uma única dose, o que poderia indicar um processo mais fácil para melhorar terapias que já existem hoje. Testes mais aprofundados em seres humanos são necessários, porém, para confirmar o potencial da nova abordagem.

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