Após décadas e mais décadas inalando a fumaça de cigarro ou de poluição, a dupla de órgãos responsável por captar oxigênio e liberar gás carbônico entra em concordata. É a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), marcada por inflamação e pelo estreitamento dos brônquios, os tubos por onde o ar deve passar.
A condição, que se torna cada vez mais comum, está relacionada a crises respiratórias que muitas vezes exigem internação e podem levar à morte. Mas tem boa notícia: a aprovação de um novo recurso terapêutico no país. Ideia do laboratório GSK, trata-se de uma caixinha com três fármacos (umeclidínio, vilanterol e furoato de fluticasona) que, aspirados pela boca, ajudam a manter as vias aéreas abertas e a inflamação sob controle.
“Um dos pontos positivos é o fato de o paciente precisar de apenas uma dose por dia, o que aumenta a adesão ao tratamento”, destaca o pneumologista Roberto Stirbulov, gerente médico da GSK e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
- A DPOC tira a vida de 40 mil brasileiros por ano — são quatro óbitos por hora
- Estima-se que a enfermidade afete 6 milhões de pessoas só no nosso país
- Até 2030, a condição pode se tornar a terceira principal causa de morte no planeta
Informação terapêutica
Apesar de afetar milhões de pessoas mundo afora, essa enfermidade respiratória segue cercada de mistérios para muita gente. Foi justamente para combater isso que entidades como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a Fundação ProAr, a Associação Crônicos do Dia a Dia e a própria GSK lançaram a campanha “DPOC: Informação Inspira”. No site www.dpocinformacaoinspira.com.br, é possível encontrar conteúdos e orientações que desmitificam a doença.