Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Uma nova forma de tratar doenças graves: vêm aí as terapias de RNA

Elas interferem no maquinário genético para tratar doenças raras. Veja como esse tratamento funciona e em quais enfermidades ele pode ajudar

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 30 abr 2020, 10h38 - Publicado em 29 abr 2020, 10h18
tratamento genético
Novos medicamentos que atuam no RNA ajudam a tratar doenças raras. (Foto: Deborah Maxx / Ilustração em papel: Ariádine Menezes/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

RNA é uma molécula que tem a função de fazer as receitas contidas nos genes virarem proteínas — um processo vital para o corpo funcionar. E se pudéssemos intervir justamente aí a fim de controlar doenças graves? É o que buscam dois medicamentos submetidos a aprovação no Brasil.

A tecnologia, criada pela Alnylam Pharmaceuticals, se baseia no silenciamento de genes defeituosos para impedir a produção de proteínas ligadas a distúrbios. “A técnica consiste em parar o processo da doença atuando no citoplasma, a fábrica das proteínas”, explica o imunologista Akshay Vaishnaw, da Alnylam.

O primeiro remédio dessa linha, o patisirana, trata desordens neurológicas da amiloidose hereditária mediada por transtirretina, enfermidade rara e progressiva que pode levar à morte em poucos anos. E já estão em fase final de desenvolvimento produtos voltados a problemas no fígado, no sangue e nos olhos.

Como funciona o primeiro tratamento à base de RNA

Molécula sintética: o remédio consiste numa fita dupla de RNA, batizada de siRNA (sigla do inglês para RNA interferente).

Como ela atua: o siRNA se liga ao RNA da célula responsável pela produção exagerada da proteína e o neutraliza.

Continua após a publicidade

A aplicação: o paciente recebe uma infusão na veia. O tratamento deve ser feito em hospital.

Com que frequência: a dose recomendada é de 300 microgramas por quilo de peso, a cada três semanas.

Valeu um Nobel

Andrew Fire e Craig Mellore fascinaram o mundo da ciência ao publicar seus estudos sobre o mecanismo do silenciamento gênico. A descoberta de que moléculas de RNA são capazes de desligar genes anômalos rendeu aos dois cientistas o Prêmio Nobel de Medicina de 2006. Mais uma prova da enorme relevância da ciência básica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.