O HPV, sigla para Papilomavírus Humano, é uma infecção sexualmente transmissível (IST) comum, que pode afetar a região genital e causar câncer. Felizmente, hoje existem testes moleculares disponíveis para detectar a presença desse vírus – mas, como todo exame, há vantagens, desvantagens e indicações.
Então chegou a hora de conhecer os pontos mais importantes sobre o teste molecular para HPV.
O que é o teste molecular para HPV?
Esse exame busca identificar a presença do vírus no organismo. Isso acontece através da coleta de material genético (dependendo da situação, diretamente do colo do útero).
É uma ferramenta essencial para a detecção precoce do HPV, mesmo antes do aparecimento de sintomas ou lesões visíveis – que, no colo do útero, são captadas pelo Papanicolau.
Importante destacar que essas lesões, se não removidas precocemente, podem virar um câncer. O diagnóstico precoce, portanto, é fundamental.
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Vantagens do teste molecular para HPV
- Precisão: ele é altamente sensível e específico, ou seja, oferece resultados confiáveis.
- Detecção precoce: permite identificar o vírus antes que ele cause lesões graves ou muito desconforto.
- Prevenção do câncer: ajuda a detectar a presença de certos tipos de HPV que estão associados a tumores malignos.
- Pode ser feito por homens e mulheres: qualquer pessoa preocupada com o HPV pode realizar o teste.
Atualmente, a incorporação desse exame no SUS está em debate.
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Desvantagens do teste molecular para HPV
- Custo: alguns testes podem ser dispendiosos, dependendo da região e do tipo de exame escolhido. No Brasil, os preços variam consideravelmente, com uma média de 100 a 500 reais, dependendo do laboratório e da região.
- Resultados positivos podem gerar ansiedade: a notícia da infecção por HPV, principalmente por seu elo com o câncer, pode causar preocupação. Mas lembre-se de que a detecção precoce permite um acompanhamento próximo capaz de salvar vida.
Tipos de exame de HPV: as diferenças entre captura híbrida e hibridização in situ
- A captura híbrida é um teste que procura a presença do DNA do HPV de alto risco em células coletadas do colo do útero. Ele é altamente sensível, detectando a presença do vírus de alto risco, mas não identifica o tipo específico do HPV.
- A hibridização in situ, por outro lado, é um método que permite visualizar o vírus diretamente nas células cervicais, identificando o tipo específico de HPV e, muitas vezes, se ele está ativo ou não.
A relação entre HPV e câncer
O teste molecular para HPV é fundamental para entender o risco de câncer. Resultados positivos para HPV de alto risco exigem vigilância médica, enquanto os de baixo risco geralmente são menos preocupantes.
A prevenção e o acompanhamento médico regular desempenham um papel crucial na redução do risco de câncer associado ao HPV, especialmente o câncer de colo de útero. Consulte sempre um médico para obter orientações adequadas ao seu caso específico.
Em resumo, o teste molecular para HPV é uma ferramenta valiosa para a detecção precoce do vírus e a prevenção de complicações. Lembre-se de que a informação é poder, e ao cuidar da sua saúde, você está investindo no seu bem-estar futuro.
*Mauricio Abrão, Head Nacional Ginecologia e Obstetrícia da Brazil Health, professor associado do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da USP e coordenador do Serviço de Ginecologia Avançada do Hospital BP – A Beneficência Portuguesa de SP
(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)