Teste da orelhinha: saiba para que ele serve e como é feito
Triagem realizada logo após o nascimento ajuda a detectar problemas auditivos

Todo mundo já ouviu falar do teste do pezinho, um dos exames primordiais feitos em recém-nascidos para identificar (e descartar) possíveis problemas de saúde. Mas você sabe para que serve o teste da orelhinha?
Também chamado de triagem auditiva neonatal, ou TAN, esse exame avalia a existência de problemas de audição nos bebês.
Saiba mais sobre ele.
O que o teste da orelhinha ajuda a identificar
Em linhas gerais, o teste da orelhinha busca identificar a existência de problemas auditivos — grandes ou pequenos — no bebê.
Como a capacidade reduzida de ouvir também redunda em questões como o impedimento ou atrasos no desenvolvimento da fala, essa triagem também é importante para prevenir questões associadas às dificuldades auditivas.
O exame é indicado para todos os bebês, mas é especialmente recomendado em casos nos quais há suspeita de algum grau de surdez, em função de histórico familiar, prematuridade ou outros problemas de saúde graves ao nascer.
Como o teste é feito
O teste da orelhinha é feito de preferência nas primeiras 48 horas de vida, enquanto o bebê está dormindo, com a emissão de um estímulo sonoro na orelha da criança, através de um pequeno aparelho. No Brasil, desde 2010, o exame é obrigatório e gratuito. Não há qualquer contraindicação para o teste, considerado seguro e indolor.
Quando a criança não tem suspeita de problemas auditivos, é realizado o chamado exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE). Caso esse teste falhe, ou se já há uma suspeita prévia de alguma alteração, é feito o teste do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (Peate).
Em qualquer caso, o exame é rápido e não costuma durar mais que 10 minutos.
Independentemente do resultado, é importante lembrar que o teste da orelhinha funciona como uma triagem. Caso esse primeiro passo indique alterações potencialmente problemáticas, o recém-nascido pode ser encaminhado para realizar exames complementares, conforme a suspeita observada pelos médicos responsáveis.
Pode ser necessário repetir os testes alguns meses após o nascimento para ter certeza de que há algo errado.