Ainda antes da pandemia, em 2018, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) começaram a avaliar o estado de saúde e o nível de atividade física de cerca de mil idosos de São José dos Campos, no interior paulista.
Os resultados desse mapeamento, divulgados agora, vêm a calhar inclusive para o melhor entendimento da Covid-19. “Notamos que os portadores de síndrome metabólica apresentavam sinais de inflamação nos pulmões”, conta a fisioterapeuta Maysa Rangel, autora do trabalho.
“Isso pode explicar por que obesos, em especial idosos, correm maior risco com o coronavírus”, completa.
E levanta outro ponto. “O cansaço do obeso geralmente é encarado como falta de condicionamento, o que é verdade, mas pode haver também algum problema pulmonar envolvido”, nota Maysa.
O que compõe o problema
A síndrome entra em cena diante de três ou mais dos seguintes fatores:
- Gordura abdominal em excesso
- Hipertensão arterial
- Resistência à insulina ou diabetes
- Níveis elevados de colesterol e triglicérides no sangue
Como é o manejo com o envelhecimento
Abordagem é semelhante à dos mais jovens, somada a cuidados inerentes à faixa etária
Atividade física
Nunca é tarde para começar, desde que com acompanhamento adequado. O treino que combina exercícios aeróbicos, de força e equilíbrio é o ideal.
Saúde mental
Se engajar em uma mudança de estilo de vida é um esforço e tanto. Sessões de psicoterapia podem ajudar a se cuidar e a persistir.
Alimentação
Dietas restritivas exigem cuidado, pois nessa fase da vida o corpo não pode perder o aporte de proteínas e outros nutrientes críticos à massa muscular.
Acompanhamento
O ideal é ter um médico supervisionando todo o processo, junto a uma equipe multidisciplinar. Remédios podem ser prescritos para controlar peso, pressão, colesterol…