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De onde vêm os coronavírus?

O Sars-Cov-2, responsável pela pandemia atual, faz parte de uma família cheia de história. Hora de conhecer como eles evoluíram ao longo dos milênios

Por André Biernath
19 jun 2020, 15h38
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  • Gangue microscópica

    Os coronavírus são um grupo que conta com mais de 40 integrantes conhecidos pela ciência. Eles costumam infectar aves e mamíferos. Até o momento, diferentes tipos foram encontrados em morcegos, ratos, camelos, cachorros, gatos, porcos, bois, galinhas e perus, além dos seres humanos. No geral, eles provocam sintomas nos aparelhos respiratório e gastrointestinal dos animais. 

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    Por dentro e por fora

    Todos os integrantes do grupo trazem em sua superfície espículas que lembram uma coroa — daí o nome derivado do latim “corona”. Eles têm 125 nanômetros de diâmetro (são 800 vezes mais finos que um fio de cabelo). Além disso, possuem o material genético mais comprido entre os vírus com características similares. Seu RNA é três vezes maior que o do HIV, o causador da aids

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    (Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

    Ocupação ilegal

    As espículas virais são as chaves que permitem infectar o organismo. Essas estruturas se conectam a um receptor chamado ECA2 na superfície das células. Após o encaixe, o vírus sequestra o maquinário celular para fazer novas cópias de si mesmo. Esse processo de invasão e replicação se repete por dias.

    A parte que nos cabe

    Até o momento, foram identificados sete tipos de coronavírus que pularam de animais e passaram a afetar as pessoas. Quatro deles provocam o resfriado comum. Os outros três (Sars-CoV, Mers-CoV e Sars-CoV-2) levaram a graves problemas de saúde pública em 2002, 2012 e 2020, respectivamente.

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    (Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

     

    Osso duro de roer

    O Sars-CoV-2 tem uma série de atributos favoráveis a uma disseminação rápida. O primeiro deles é o fato de o vírus ser transmissível antes de os primeiros sintomas, como tosse e febre, aparecerem. Isso significa que o sujeito pode levar uma vida normal enquanto passa o patógeno para os outros, o que dificulta demais o controle e o acompanhamento.

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    Diferentemente de seus antecessores, o atual coronavírus consegue abalar tanto as células das vias aéreas superiores (nariz e garganta) quanto as dos pulmões. Pra piorar, ele não se limita ao sistema respiratório e já foi encontrado no coração, no intestino, no sangue, no sêmen, nos olhos, nos rins, no fígado, no baço e até no cérebro.

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    (Ilustrações: Guilherme Henrique/SAÚDE é Vital)

    Fontes: Profile Of a Killer: The Complex Biology Powering the Coronavirus Pandemic, artigo publicado na revista Nature em 4 de maio de 2020; Paulo Eduardo Brandão, virologista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo

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