Seca e poluição: dicas para os idosos cuidarem da saúde
A saúde dos mais velhos está em risco em dias com a qualidade do ar ruim
Estamos vivendo na maior parte do Brasil, em particular no sudeste, períodos de combinação entre calor extremo, baixa umidade do ar e altos índices de poluição atmosférica.
Sem o vento e a chuva, os fragmentos da poluição ficam parados no ar. É um cenário que traz dificuldades na respiração, principalmente entre os idosos. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, a umidade relativa do ar ideal é de 60% e, em Brasília, por exemplo, o índice está entre 12 e 20% nesta terça-feira (17).
Além da redução na oxigenação, temos o ressecamento das mucosas, na boca, no nariz, nos olhos e nos brônquios, além do ressecamento da pele. Essas situações podem causar mal-estar e agravar doenças preexistentes, principalmente as que envolvem o sistema respiratório.
É importante, então, que os idosos tomem algumas precauções.
+Leia também: É seguro fazer atividade física em dias poluídos?
Cuidados com os idosos em dias poluídos, secos e quentes
- Manter-se bastante hidratado, porque a hidratação faz com que os olhos, nariz, boca e vias respiratórias fiquem mais úmidas, e isso facilita a circulação do ar.
- Evitar muitos exercícios e caminhadas em excesso e não pratique atividade física entre 10 da manhã e 3 da tarde.
- Preferir uma alimentação leve, com verduras, legumes, frutas, carnes magras.
- Evitar refeições muito volumosas, comidas gordurosas e frituras, porque a própria digestão fica mais difícil.
- Colocar panelas ou recipientes com água nos ambientes fechados; a evaporação da água melhora a umidade ajudando na respiração.
- Cuidado com ambientes com ar condicionado. Embora alivie o calor, o ar condicionado tende a ressecar ainda mais o ambiente, dificultando a respiração.
- Cuidado com as medicações. Idosos tomam remédios para pressão, coração, diuréticos, então deve-se redobrar a atenção para a pressão baixa, principalmente quando o idoso vai se movimentar, para evitar quedas, síncopes e tonturas.
Essas dicas devem ser usadas pelos idosos, mas são muito recomendadas também para pessoas mais jovens, em especial crianças pequenas.
*Alfredo Salim é médico de família. Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health.