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Ropa: como funciona método usado por Brunna e Ludmilla para engravidar

Técnica implanta os óvulos de uma parceira no útero da outra, permitindo que as duas mulheres tenham participação direta na gestação

Por Maurício Brum
12 nov 2024, 14h54
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Anúncio da gravidez foi feito durante show no final de semana (Ludmilla/Redes sociais/Reprodução)
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Ludmilla e Brunna Gonçalves anunciaram, durante um show da turnê “Numanice 3” no último final de semana, que estão esperando um bebê juntas.

A notícia alegrou os fãs e chamou atenção para o método escolhido, o Ropa, que vem se tornando uma opção para casais homoafetivos femininos viverem a experiência compartilhada de uma gestação.

Como funciona o Ropa

O nome é uma sigla para “recepção de oócito da parceira”, e o processo é bem autodescritivo: uma das mulheres cede o óvulo para ser fecundado e, posteriormente, o embrião é implantado na parceira. Nesse caso, Brunna será a gestante, e Ludmilla foi quem forneceu os óvulos.

Entre um passo e outro, os óvulos passam por um procedimento de fertilização in vitro (FIV), utilizando o esperma de um doador.

A ideia do Ropa é garantir que as duas parceiras tenham um papel biológico na gestação. A escolha sobre qual das mulheres será doadora e qual será a gestante pode ser feita como uma opção do casal ou seguindo orientação médica, se houver contraindicação para alguma das duas engravidar.

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+Leia também: O que você precisa saber sobre reprodução assistida

Ropa tem diferença para a FIV habitual?

Não! O Ropa, na verdade, nada mais é do que outra variação da FIV. Na prática, a única diferença do Ropa para outros tipos de FIV é que uma mulher cede óvulos para outra gestar, enquanto tradicionalmente são utilizados os gametas da própria pessoa que depois carregará o bebê.

Mas, em termos técnicos, os passos anteriores são os mesmos: a mulher que terá os gametas fecundados passa por um tratamento de estimulação ovariana para aumentar o número de óvulos liberados naquele ciclo.

Posteriormente, eles são coletados e fertilizados em laboratório, utilizando o espermatozoide de um homem (que pode ser o parceiro, se for um casal heterossexual, ou um doador, como no caso de Ludmilla e Brunna ou quando se trata de uma mãe solo, por exemplo).

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A FIV pode ser feita tanto colocando os óvulos em presença de vários espermatozoides ou pela chamada injeção intracitoplasmática (ICSI), em que um espermatozoide é colocado diretamente no óvulo.

E a inseminação artificial?

Por fim, vale lembrar que a FIV é diferente da inseminação intrauterina, ou IIU (também conhecida como inseminação artificial). Enquanto na fertilização in vitro a fecundação do óvulo é feita em laboratório, na IIU os espermatozoides são inseridos no colo do útero, tentando emular o processo natural.

Antes da inseminação, também é feito um tratamento para induzir a ovulação e aumentar as chances de engravidar.

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A IIU é um procedimento mais barato, o que a torna uma opção preferencial para muitos casais em busca da reprodução assistida. Por outro lado, as taxas de sucesso da FIV são mais elevadas – mas em nenhum caso a gestação é garantida.

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