Retinoblastoma, um câncer que acomete os olhos e é mais comum nas crianças
Filha do apresentador Tiago Leifert foi diagnosticada com a doença. Saiba mais sobre o quadro
O apresentador Tiago Leifert e a jornalista Daiana Garbin contaram, por meio das redes sociais, que a filha deles está em tratamento contra o retinoblastoma, um câncer nos olhos que é mais presente na infância.
Trata-se de um tumor raro: cerca de 400 crianças são diagnosticadas por ano no Brasil.
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Como o retinoblastoma se manifesta
Esse câncer atinge a retina, a área que forma as imagens. Um dos principais sintomas é a leucoria, um reflexo branco na pupila que muitas vezes só é notado quando se irradia luz artificial no globo ocular ou em fotos.
Antes dela, a criança pode apresentar sensibilidade à luz, estrabismo e outros desvios oculares.
Em resumo, atente-se a esses sinais:
- Estrabismo
- Vermelhidão
- Deformação do globo ocular
- Perda de visão
- Dor ocular
- “Reflexo de olho de gato”: ao tirar uma foto com flash, a pupila normalmente fica vermelha, mas, nas crianças com a doença, o reflexo é esbranquiçado.
Em geral, o diagnóstico acontece com aproximadamente 18 meses de vida. Se não é tratado logo cedo, ele pode exigir a remoção cirúrgica do olho.
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O tratamento
Uma forma de aplicar medicamentos quimioterápicos tem trazido ótimas respostas entre os pequenos com essa doença.
A técnica, chamada de quimioterapia intra-arterial, consiste em injetar o remédio diretamente no vaso sanguíneo que abastece os olhos.
Assim, o medicamento ataca o câncer com mais precisão e não precisa ser administrado em alta dose, o que diminui os efeitos colaterais e, em muitos casos, evita a perda da visão.
Mas há outras opções de tratamento, como uso de laser, radioterapia e cirurgia. A escolha depende do estágio do tumor e de outros fatores.
A importância do diagnóstico precoce
Descobrir a doença cedo aumenta as chances de cura e preservação da visão. Nesse sentido, o teste do olhinho é um aliado.
Como é o teste do olhinho
Obrigatório na rede pública, ele deve ser feito em todos os bebês ainda na maternidade.
Basicamente, o médico observa o reflexo da luz emitida pela lanterninha no fundo do olho da criança. Se há alguma alteração na estrutura, esse reflexo ganha uma cor diferente e pode não ser igual entre os dois globos oculares.
Catarata congênita, hemorragias e o retinoblastoma estão entre os problemas detectáveis nesse exame.
Mas, sozinho, o teste do olhinho não crava o diagnóstico. Por isso, caso seja observado algo estranho, a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista para uma análise mais detalhada.
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O bebê aparentemente está bem? De qualquer forma, tem que acompanhar
Embora a repetição do teste do olhinho na infância varie caso a caso, o crucial é conversar sobre a saúde ocular com o pediatra.
Bebês prematuros ou que sofrem com estrabismo e alergias oculares ou que já apresentaram problemas visuais obviamente precisam de um acompanhamento próximo com o oftalmo.