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Cura do câncer infantil depende do diagnóstico precoce

No Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, especialistas revelam a importância de descobrir a doença no princípio - e quais os sintomas suspeitos

Por Alana Gandra, da Agência Brasil*
15 fev 2021, 12h01

O Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil é comemorado no dia 15 de fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para o período 2020 a 2022 é de 8 460 casos novos da doença por ano em crianças abaixo de 19 anos, que é a taxa etária pediátrica. Desse total, 4 310 atingirão meninos e 4 150, meninas. No mundo, dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer estimam que 215 mil novos casos são diagnosticados em crianças menores de 15 anos e cerca de 85 mil em adolescentes entre 15 e 19 anos. A boa notícia: caso seja diagnosticado precocemente, o câncer infantil tem taxas de cura de até 80%.

A doutora Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria do Inca, disse à Agência Brasil que o câncer é a principal causa de morte em crianças. “Nós temos que juntar todos os esforços no sentido de melhorar as condições de tratamento das crianças, para que elas tenham um sucesso cada vez maior e fiquem curadas”.

Além de eliminar a doença, a intenção do tratamento oferecer uma boa qualidade de vida. Segundo a especialista, não há como impedir o aparecimento do câncer em uma criança.

Queixas persistentes são o principal sinal do câncer infantil

Sima Ferman afirmou que o diagnóstico precoce é fundamental para que se consiga combater o câncer em tempo hábil. O grande problema é que, muitas vezes, os sinais e sintomas do câncer são similares aos de outras doenças comuns. Isso pode levar o profissional de saúde a não suspeitar de um tumor na primeira consulta.

“Por essa razão, algumas vezes as crianças chegam com a doença um pouco avançada”, ponderou Sima. Ela advertiu que, se uma criança vai ser atendida três vezes com a mesma queixa, é importante avaliar a possibilidade algo mais sério: “A criança normalmente não inventa sintomas. Se disser que não está bem, é porque não está mesmo”.

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O médico oncologista pediátrico da Fundação São Francisco Xavier, Lucas Teiichi Hyodo, confirmou que a melhor forma de atuar sobre os tumores nas crianças é por meio do diagnóstico precoce, quando a doença ainda está em estágio inicial. “Assim, há maior chance de sucesso no tratamento e, muitas vezes, ele é menos agressivo, com menor risco de efeitos colaterais”, explicou.

Os principais sintomas são febre, dores pelo corpo, aumento de linfonodos localizados ou generalizados, dores ósseas, pequenos sangramentos embaixo da pele, palidez, alterações oculares e neurológicas e o aparecimento das massas palpáveis em qualquer parte do corpo.

Pediatras e demais profissionais de saúde devem acompanhar a criança regularmente, principalmente se ela apresentar uma queixa persistente.

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Os tipos mais comuns de câncer infantil

O Inca recebe, a cada ano, cerca de 250 novos pacientes infanto-juvenis com câncer, cujo tratamento dura entre seis meses e um ano. Depois, eles continuam sendo acompanhados pelas equipes.

Os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. A médica do Inca ressaltou que há vários outros tumores que ocorrem em crianças. Mas, mesmo quando atingem uma mesma região do câncer em adultos, seu comportamento é diferente. “As crianças têm tumores com células muitas primitivas. Eles têm alta taxa de proliferação celular. Até por essa razão, respondem muito bem à quimioterapia, o que justifica as altas taxas de cura”, explicou Sima.

*O conteúdo original é da Agência Brasil.

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