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Remédio pode ganhar novo uso para conter inflamação pulmonar

Medicamento aprovado para dermatite atópica também pode beneficiar pacientes com obstrução das vias aéreas

Por Larissa Beani
14 jul 2024, 06h00
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Cerca de 6 milhões de brasileiros convivem com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (Alex Silva (balão vazio), Dercílio (balão cheio)/Veja Saúde)
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Alguns fármacos nascem para uma finalidade, mas assumem outros propósitos com o tempo — e os estudos. Foi o que aconteceu com um anticorpo monoclonal, já aprovado para pacientes com asma e dermatite atópica, que poderá ampliar o arsenal diante da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A condição é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, dificultando a respiração de forma progressiva. A droga investigada, que pode se tornar a primeira terapia contra a enfermidade em mais de uma década, é o dupilumabe.

“Em ensaio com pacientes com quadros moderados a graves de DPOC, observou-se melhora da função pulmonar e redução de 34% das crises”, resume o pneumologista Adalberto Rubin, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

Uma nova leva de estudos sobre a eficácia da medicação será conduzida antes de se conceder o aval à aplicação.

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+ Leia também: As dores e as vitórias de uma pessoa com DPOC

Por dentro do estudo

Perfil analisado

Mais de 1,8 mil pessoas com histórico de fumo e DPOC moderada a grave participaram.

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Alvo específico

Todos tinham o tipo 2 de inflamação, mantido por células imunes chamadas eosinófilos.

Eventos adversos

Dor de cabeça e reveses no nariz e na laringe foram os mais comuns no acompanhamento.

+ Leia também: DPOC: desafios para cuidar melhor dos brasileiros com a doença

Sem fôlego

DPOC afeta cerca de 6 milhões de brasileiros

Sintomas

Incluem respiração rápida, ofegante e com chiados; tosse; falta de ar; e presença de catarro.

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Diagnóstico

Avaliação clínica, auscultação cardíaca e pulmonar e exames de imagem são solicitados.

Tratamento

Controle pode exigir desde medicamentos até oxigenoterapia e transplante de pulmão, a depender do estágio e gravidade de cada caso. 

Causas

Tabagismo, asma e bronquite crônica são os principais fatores de risco da doença. Estima-se que cerca de 15% dos fumantes desenvolvam esta doença crônica, também associada ao envelhecimento.

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