Se descontarmos as doenças, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre idosos no Brasil. Com o avançar dos anos, os reflexos ficam mais lentos e, nesse contexto, mudar de pista pode virar tarefa perigosa.
“Não há uma regra para decidir o momento de parar. É preciso calcular o impacto da perda de coordenação e da noção de espaço na prática”, diz a geriatra Elisabeth Rosa Pelaggi, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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A médica avaliou, por meio de questionários, paulistanos mais velhos que ainda se mantêm na ativa na direção e descobriu que a maioria dos homens não relaciona limitações motoras e visuais à necessidade de abandonar o volante. Aliás, eles só parariam de pilotar por recomendação médica. Por outro lado, mais da metade das mulheres abriria mão de dirigir se identificasse restrições.
Pendurar de vez as chaves do carro é um processo doloroso para muita gente — entre outras coisas, por cercear a locomoção e a liberdade. Nessa etapa, o conforto dos familiares é bastante positivo. Fora que eles minimizam a perda de autonomia
ao dar caronas.
Transportes alternativos
Ônibus
Passe livre e assentos preferenciais são vantagens. Só cuidado com freadas bruscas, que podem causar quedas.
Trem e metrô
Eles vêm com os mesmos benefícios do ônibus. E também pedem atenção com brecadas e superlotação.
Táxi ou uber
É uma solução confortável, porém mais cara. Se o orçamento está limitado, o jeito é se planejar para utilizar vez ou outra.
Bicicleta
Pedalar faz bem para o corpo em qualquer idade. Contudo, busque liberação do doutor antes de adotar uma bike.