Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Quais são as complicações do chikungunya?

Doença transmitida pelo Aedes, a febre chikungunya pode causar dores nas articulações e outras sequelas por meses e até anos. Descubra como tratar

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 8 Maio 2023, 17h56 - Publicado em 10 dez 2018, 17h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Além de febre e mal-estar, o vírus chikungunya pode provocar complicações no longo prazo, como inflamações nas articulações, que causam dores fortes, inchaço e limitação de movimento. São sintomas parecidos com os da artrite reumatoide. Casos mais raros de problemas neurológicos, a exemplo da Síndrome de Guillain Barré, foram reportados.

    As três fases do chikungunya

    A reumatologista Cláudia Marques, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a infecção por esse vírus (CHIKV) tem três estágios possíveis. “Primeiramente, há o momento agudo, que dura 14 dias. Nesse momento, o paciente sente febre e dores articulares e surgem manchas no corpo”, introduz. “Passada a fase aguda, ele entra na subaguda, que se prolonga por três meses, e depois a crônica”, complementa.

    Segundo a especialista, 30% dos pacientes que adoecem evoluem para o quadro crônico, com sintomas sem prazo para acabar – falaremos dessas consequências na sequência.

    Existem fatores que contribuem para as complicações duradouras: idade avançada, ser mulher, sentir as articulações doerem muito na fase aguda da infecção e já possuir certas enfermidades, como diabetes e artrite reumatoide.

    Contar com níveis elevados de sorologia para o vírus (uma alta concentração dele no sangue, o que é medido em exames) é outro ponto que aumenta o risco de sequelas no longo prazo.

    Continua após a publicidade

    Quais os sintomas da fase crônica do chikungunya?

    Uma das preocupações com o chikungunya envolve justamente os estragos alongados que ele eventualmente ocasiona. Diferentemente da dengue, que não deixa sequelas duradouras, esse vírus transmitido pelo pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus tem potencial para gerar uma inflamação persistente nas articulações, principalmente nas mãos e nos pés. Acredita-se que ele conseguiria se esconder dentro dessas estruturas

    “A dor tende a melhorar ao longo do tempo, mas há um grupo na qual o chikungunya evolui como se fosse uma doença inflamatória. De 5 a 10% dos pacientes terão um quadro persistente, similar a uma artrite reumatóide”, relata Cláudia.

    Embora a dor articular seja a complicação crônica mais frequente, ela não é a única. Há a possibilidade de o vírus desencadear problemas neurológicos, como Parkinson e síndrome de Guillain Barré, e até mesmo depressão.

    Continua após a publicidade

    Como funciona o tratamento

    Independentemente do estágio em que a febre chikungunya se encontra, existe tratamento para as dores articulares. Os pacientes que não desenvolvem a versão inflamatória da doença são tratados com analgésico, fisioterapia e atividade física. O objetivo é amenizar a dor, a rigidez e a dificuldade em movimentar as articulações.

    “Já no grupo com esse processo inflamatório contínuo, usamos medicamento para artrite reumatóide, como corticóide oral ou eventualmente injetável, entre outros”, conclui a reumatologista.

    Como os estudos com essa enfermidade ainda são recentes, restam dúvidas sobre como tratá-la. O ideal é, em caso de uma infecção comprovada, conversar com um médico especialista quanto antes.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.