A caxumba é uma infecção causada por vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus, que se aloja na saliva. A seguir, conheça mais sobre ela:
Como se pega caxumba?
Mais frequente no inverno, com disseminação facilitada por aglomerações em locais fechados, é transmitida por via aérea, seja por gotículas que se espalham quando a pessoa espirra ou tosse, seja por contato direto com alguém contaminado.
O período de contágio gira em torno de cinco dias antes de aparecerem os primeiros sintomas até dez dias depois disso.
O que ocorre no corpo?
O vírus se instala primeiro no nariz e na garganta. A partir dali, se multiplica e se espalha para a corrente sanguínea, atingindo as glândulas da região do pescoço: as parótidas (por isso a doença também é denominada parotidite epidêmica), as submandibulares e as sublinguais.
Com a replicação, o patógeno pode migrar para outros tecidos e atingir diferentes órgãos, como testículos, ovários, mamas e pâncreas. Há casos em que chega aos rins e ao sistema nervoso.
Quais as consequências?
Com o processo de inflamação e o acúmulo de líquido nos locais afetados, vem o inchaço nas bochechas e pescoço típico da caxumba, que pode acontecer de ambos os lados ou de apenas um, além de dor ao engolir. Essa fase da doença costuma desencadear febre e se estender por até dez dias.
Dor de cabeça, cansaço e perda de apetite também fazem parte do quadro geral. Esses sinais podem demorar até mais de 20 dias a aparecer depois do contato com o vírus.
A que riscos estamos expostos?
Em crianças menores de 5 anos, os ataques às vias respiratórias e a perda auditiva são as principais ameaças. Mas, embora seja mais comum na infância, a caxumba pode ter evolução mais severa em adultos.
Nesses casos, chega a ocasionar meningite, encefalite e pancreatite. Inflamação em testículos, ovários e mamas, bem como aborto espontâneo no primeiro trimestre da gestação, são outras complicações temidas pelos especialistas.
Complicações generalizadas, infertilidade e tratamentos
Informações sobre a vacina
Caxumba em números
Fontes: Sylvia Lemos Hinrichsen, infectologista e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm); The Brazilian Journal of Infectious Diseases; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)