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Pode usar Dramin para dormir? Conheça os riscos desse hábito

Uso do remédio para tratar insônia ou provocar sedação não é recomendado e, a longo prazo, pode até piorar a qualidade do sono

Por Luana Pazutti
22 fev 2025, 09h01
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O efeito colateral do Dramin pode até ser bem-vindo para quem vai pegar um avião, por exemplo, mas o remédio não deve ser usado para provocar sonolência (Freepik/Freepik)
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Para quem busca uma forma de aliviar náuseas, vômitos e vertigens, o famoso Dramin é uma aliado incontestável.

Feito a base do anti-histamínico dimenidrinato, o medicamento costuma ter ação rápida e efetiva contra enjoos, mas traz a sonolência como um efeito colateral comum. Até aí, tudo bem. O problema é que muitas pessoas utilizam o comprimido justamente buscando esse efeito colateral, com outra finalidade: o combate à insônia

O efeito surge porque o remédio possui ação depressora no sistema nervoso central. Embora seu mecanismo de funcionamento ainda seja motivo de dúvidas entre os especialistas, sabe-se que esse não é um uso recomendado e pode inclusive trazer riscos à saúde.

Para que serve o Dramin?

O dimenidrinato inibe os sinais que o cérebro envia ao estômago, agindo diretamente no labirinto cerebral. A sua utilização, portanto, é indicada para tratar enjoos, náuseas, vômitos e até mesmo tonturas desencadeadas por episódios de labirintite

Ele pode ser usado em diferentes momentos, incluindo durante os enjoos da gravidez, no pré e pós-operatório e depois de tratamentos com radioterapia.

O medicamento também é bastante popular entre os viajantes que sofrem da chamada cinetose ou enjoo de movimento, pois previne desconfortos causados pelo balanço do carro, do barco e do avião.

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+Leia também: Como fazer higiene do sono: 8 passos para dormir melhor já

Por que o Dramin causa sono?

Segundo a própria bula do Dramin, a sedação e a sonolência são reações muito comuns, que acometem mais de 10% dos pacientes que utilizam o medicamento. Isso acontece porque o remédio atravessa a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro contra a ação de substâncias nocivas. 

Ao permear essa membrana, o composto inibe a ação dos receptores responsáveis por regular o estado de alerta e de vigília. O resultado é uma redução da atividade do sistema nervoso central, o que provoca a sonolência. Geralmente, o efeito é bastante significativo.

Por esse motivo, depois de ingerir o medicamento não é recomendado dirigir, operar máquinas pesadas ou realizar qualquer tipo de atividade que cause riscos à integridade física. 

Quais são os riscos de usar Dramin para dormir? 

Por mais inocente que o medicamento possa parecer, o seu uso contínuo costuma estar atrelado a uma série de problemas. A interferência nas fases do sono é um dos principais. A utilização indiscriminada pode afetar principalmente a fase do sono do movimento rápido dos olhos (REM), essencial para o processamento das memórias e regulação emocional. 

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A sonolência pode até ser bem-vinda para quem toma o Dramin a fim de evitar enjoos no avião ou no carro. Mas o uso regular do dimenidrinato pode gerar até dependência – embora não seja tão comum, há casos em que o paciente passa a conseguir dormir somente com o medicamento. 

Também existe a possibilidade de que, com o tempo, o remédio faça menos efeito na hora de tratar náuseas e vertigens. É um caso clássico da chamada tolerância medicamentosa, em que o corpo desenvolve resistência à ação do fármaco.

Os riscos são ainda maiores para quem tem asma, glaucoma, enfisema, doença pulmonar crônica, dificuldade para respirar e problemas urinários. De acordo com a bula, o uso indiscriminado pode piorar os sintomas dessas doenças.

Pessoas grávidas, com insuficiência hepática ou que fazem uso de outras medicações devem consultar o médico antes de utilizar o Dramin.

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O que fazer em caso de insônia?

Em caso de insônia ou dificuldades recorrentes para dormir, o primeiro passo é avaliar os seus hábitos. O uso de telas, o consumo de substâncias estimulantes e a prática de exercícios físicos intensos antes de dormir interferem diretamente na qualidade do sono. 

Se o quadro persistir, é essencial buscar atendimento médico. O profissional de saúde ajudará a definir qual é a melhor maneira de prosseguir, considerando o histórico médico, as interações medicamentosas e a rotina pessoal. 

 

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