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Por que você não deveria fazer cirurgia para mudar a cor dos olhos por estética

Maya Massafera e Andressa Urach fizeram procedimentos para alterar a coloração ocular. Os riscos são diversos e desnecessários para pessoas com visão saudável

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 jun 2025, 14h20 - Publicado em 26 jun 2025, 14h19
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Maya Massafera fez procedimento para mudar a cor dos olhos (Redes sociais/Reprodução)
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Recentemente, as influenciadoras Maya Massafera e Andressa Urach se submeteram a cirurgias para mudar a cor dos olhos, tornando-os verdes e azuis, respectivamente. Para isso, recorreram a clínicas no exterior, uma vez que operações do tipo são proibidas no Brasil para quem tem a visão saudável.

Dentre tantas características humanas, a cor dos olhos se destaca como uma espécie de marcador de personalidade. Ao longo do tempo, olhos claros despertaram um fascínio peculiar, sendo alvo de cobiça pelas pessoas. As primeiras lentes de contato coloridas surgem na primeira metade do século 20, mas a tecnologia ainda tinha muito a evoluir.

A mudança da coloração ocular de maneira permanente se torna possível com a realização de diferentes tipos de procedimentos. Contudo, assim como as lentes, as técnicas mais precisas foram desenvolvidas com o objetivo de corrigir problemas de saúde. No entanto, a aplicação tem sido feita de forma indiscriminada e com finalidade exclusivamente estética.

Nas redes, Urach afirmou ter se arrependido da decisão, mencionando dores fortes, o medo de perder a visão e a necessidade de voltar ao médico no retorno ao país.

+ Leia também: Preenchimento de olheiras funciona? Conheça os riscos do procedimento

Como é feita a cirurgia?

Em resumo, são adotadas três técnicas para a alteração.

  • Ceratopigmentação
  • Despigmentação da íris com laser
  • Implante de íris colorida artificial
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“A ceratopigmentação é como se fosse uma tatuagem na córnea, que é a parte mais externa do olho. É essa técnica que tem sido mais utilizada atualmente. A ideia original consiste na aplicação em pacientes que têm alguma doença ocular como, por exemplo, alteração na córnea que impede de enxergar e gera um aspecto branco no olho”, explica o médico Cesar dos Santos Motta, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).

Naturalmente, a córnea é cristalina e, por isso, apresenta a cor da íris logo abaixo dela. A ceratopigmentação envolve o uso de uma agulha ou laser para criar um espaço na própria córnea. Em seguida, um pigmento com alguma coloração é injetado, alterando permanentemente a estrutura de transparente para opaca, cobrindo a cor natural. Saiba como funciona a cirurgia para mudar a cor dos olhos.

Outra modalidade, os implantes de íris também são recomendados para pacientes que perderam a parte colorida dos olhos de maneira parcial ou completa.

Para a cirurgia, é colocada uma versão artificial feita de silicone através de um pequeno espaço feito na borda da córnea. Então, a peça é encaminhada para dentro do olho e ajustada para cobrir a íris natural danificada.

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Os riscos

Em alta nas redes sociais, esses procedimentos apresentam sérios riscos de perda de visão e de complicações, de acordo com alertas divulgados por médicos e pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO).

Entre as consequências, estão diversos problemas para a saúde ocular, incluindo dor forte, ardência, sensibilidade à luz e lacrimejamento persistente. Os danos mais graves envolvem infecções, inflamação crônica, irregularidades na coloração dos olhos, perda de visão e necessidade de transplante de córnea.

+ Leia também: Coçar os olhos é perigoso: veja 5 problemas causados pelo hábito

É importante pontuar que a técnica apresenta riscos até mesmo para os indivíduos que precisam realizá-la por questões médicas. Contudo, nesse contexto, os benefícios podem superar os riscos.

Além disso, a AAO destaca que os dispositivos usados no implante de íris têm sido adaptados de forma inadequada para uso puramente estético. Nesses casos, não há um defeito a ser reparado, o que faz com que o produto seja colocado sobre a íris normal, aumentando as chances de consequências graves. Os danos incluem:

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  • Visão reduzida ou cegueira;
  • Sensibilidade à luz;
  • Pressão elevada dentro do olho, que pode levar ao glaucoma;
  • Catarata;
  • Lesão na córnea;
  • Inflamação da íris, causando dor, visão turva e lacrimejamento.
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