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Septicemia: o que é, as causas e os sintomas

Mais conhecida como sepse, essa condição é um agravamento de uma infecção. É preciso combatê-la rapidamente, porque há risco importante de morte

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 19 abr 2023, 18h15 - Publicado em 19 abr 2023, 18h01
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Febre acima de 38 graus, calafrios, falta de ar e sonolência podem estar entre os primeiros sintomas da septicemia. (Ilustração: Estudio Barlavento/SAÚDE é Vital)
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A septicemia (ou sepse, o termo mais utilizado entre médicos) ocorre quando o nosso sistema imune está tentando barrar o ataque de um micro-organismo em algum canto do corpo, mas acaba tendo uma reação exagerada a ele.

Essa resposta inflamatória exacerbada é capaz de prejudicar órgãos importantes, atrapalhando o funcionamento do organismo como um todo.

O agente inicial dessa bagunça toda pode ser uma bactéria (bacteremia), um vírus (viremia) ou um parasita (parasitemia), por exemplo.

Infecções nos pulmões, no abdômen, nos rins e na pele são exemplos de problemas capazes de levar à sepse.

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Estima-se que 40% das infecções que culminam na condição têm início fora dos hospitais. Mas elas podem ser disparadas dentro desses ambientes.

A sepse é uma situação grave e arriscada que demanda uma intervenção médica rápida para evitar a morte do indivíduo.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença faz 11 milhões de vítimas por ano. Só no Brasil, são 240 mil mortes anuais a maioria ocorre nas UTIs dos hospitais.

Quais são os sintomas da sepse?

Febre acima de 38 graus, calafrios, falta de ar e sonolência podem estar entre os primeiros sinais. Entre crianças, é possível notar prostração. Já idosos tendem a apresentar confusão mental.

“Quando a pessoa está em casa e se percebe essa piora, é importante buscar um pronto-socorro, pois o quadro pode se instalar e agravar dentro de 24 a 48 horas”, afirma a infectologista Cristhieni Rodrigues, do Hospital Santa Paula, em São Paulo.

+ Leia também: Benzetacil: o que é, para que serve e os principais efeitos colaterais

Considera-se uma evolução para a sepse grave quando mais de um órgão foi comprometido. Aí, o coração acelera e piora a falta de ar.

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Sem resposta, o corpo pode chegar ao choque séptico. Nesse momento, a inflamação se espalhou ainda mais, a pressão arterial cai de forma drástica e pode ocorrer a falência de mais órgãos. Nesse estágio, sobe o risco de morte.

Quem pode ter sepse?

A probabilidade de ter sepse é maior entre pessoas hospitalizadas, portadores de doenças crônicas, indivíduos imunossuprimidos e indivíduos nos extremos de idade (isto é, idosos ou bebês prematuros).

“Há quadros que aumentam o risco de a sepse ser grave, como a meningite. Essa situação pode matar em questão de horas. Mas claro que também depende muito da resposta do paciente à infecção”, avalia Cristhieni.

A bactéria pneumococo, que provoca a pneumonia, também costuma deixar pessoas mais vulneráveis a uma infecção generalizada.

Do diagnóstico ao tratamento

Um indivíduo que entra em sepse precisa de atendimento rápido. Nessa hora, os profissionais de saúde correm para identificar o agente da infecção e, assim, prescrever o medicamento correto.

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“Na primeira hora, é ministrado um antibiótico de maior espectro [que pode combater mais de um tipo de bactéria] para tratar a infecção de origem. Enquanto isso, são feitos exames para identificar o agente causador e, a partir daí, definir qual é o melhor medicamento”, relata a infectologista Vanessa Infante, do Hospital Santa Catarina – Paulista.

+ Leia também: Remédio que combate alcoolismo pode ser opção para o tratamento de sepse

Com o avanço da tecnologia, há testes cada vez mais rápidos para chegar no micro-organismo culpado e seguir os protocolos de tratamento.

“Há uma literatura científica bem estabelecida sobre como agir a partir desses resultados, e não se pode perder tempo. A cada hora de atraso no diagnóstico, aumenta em 8% o risco de mortalidade”, afirma Christieni.

Ao mesmo tempo em que há uma corrida para a descoberta do invasor, a equipe age para controlar a pressão, auxiliar na respiração e manejar outros sintomas que surgem com a evolução do quadro.

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+ Leia também: Novos hábitos ajudam a vencer as superbactérias, uma preocupação mundial

Como reduzir o risco de sepse?

Algumas medidas podem ajudar na blindagem do organismo contra essa complicação. Confira:

  • Tomar cuidado com a higiene, lavando sempre as mãos, usando máscara quando necessário para evitar infecções
  • Manter a carteirinha de vacinação atualizada, em todos os momentos da vida. A proteção contra gripe ajuda a evitar uma pneumonia, por exemplo. Há imunizante contra meningite, outra doença que leva à sepse.
  • Aumentar a atenção com doenças crônicas, como diabetes e asma, pois o risco de sepse sobe nesses casos
  • Estar informado sobre os principais sintomas de sepse
  • Nunca tomar aquele antibiótico que está no fundo da gaveta, afinal, ele pode passar a não fazer mais efeito. Aí, na hora que uma infecção bacteriana fica grave, os médicos ficam sem opção

 

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