O que é o sarampo?
O vírus, considerado um dos mais contagiosos, tinha sido erradicado do Brasil, mas voltou com tudo
Entre 2018 e 2021, mais de 40 mil casos de sarampo foram diagnosticados no Brasil. A prevenção, porém, é simples: depende de uma picada.
Conheça em detalhes a doença e os motivos para evitá-la.
Transmissão
Causada pelo morbilivírus, a doença é transmitida por secreções e é altamente contagiosa. Se dez pessoas não imunizadas tiverem contato com o vírus, nove serão infectadas.
Na maioria dos casos, o quadro é brando, mas, por atingir muita gente de uma vez, a porcentagem de episódios graves também aumenta.
Sintomas
O vírus passa a se replicar nas mucosas que invadiu e, depois, se dissemina pelo corpo, via corrente sanguínea. Depois de um tempo de incubação, que pode chegar a duas semanas, começam os sintomas.
Os mais clássicos são as pequenas erupções vermelhas na pele, febre alta, mal-estar e dor de cabeça.
Repercussão
O patógeno pode semear problemas em outros cantos. No sistema respiratório, chega a levar a tosse com catarro; nos olhos, dá conjuntivite e incha as pálpebras.
Em pessoas que já tiveram sarampo ou foram vacinadas há muito tempo, o quadro tende a ser menos característico, com poucas manchas e menos desconfortos.
Complicação
Para bebês e pessoas não vacinadas, o sarampo é bem mais perigoso.
Ele chega a atingir o sistema nervoso central, provocar pneumonia, causar sequelas como a cegueira, além de levar à morte. A doença também é conhecida por “zerar” as defesas do corpo contra outras infecções.
A imunossupressão pode durar meses.
A vacina do sarampo
Na raiz do movimento antivacina
Nos anos 1990, o médico Andrew Wakefield começou a espalhar, usando um estudo fraudulento como prova, que a vacina tríplice viral — que protege contra sarampo, caxumba e rubéola — causava autismo.
A pesquisa foi depois retirada do ar e Wakefield perdeu sua licença médica, mas o boato infundado não morreu. Pelo contrário, até hoje tem gente que acredita nisso. Vale reforçar: não é verdade!
Sarampo no Brasil e no mundo
Fonte: Renato Kfouri, infectologista pediátrico e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)