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O que é foliculite e como tratar essa lesão na pele

Pelos encravados são umas causa comum da foliculite. Mas a ação de fungos, vírus e bactérias podem levar a casos mais graves

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 9 set 2022, 16h39 - Publicado em 9 set 2022, 16h39
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  • Foliculite é uma inflamação do folículo piloso, a estrutura da pele responsável pelo crescimento dos nossos pelos. Ela pode ocorrer em qualquer lugar do corpo que tiver crescimento de fios – há ocorrência nas nádegas, no couro cabeludo, na virilha, nas axilas, nas pernas e coxas e até na barba. Alguns cuidados podem aliviar essa irritação em casa, mas, se ela for recorrente ou grave, é preciso buscar ajuda. Saiba mais:

    O que é a foliculite?

    Como dissemos, é uma inflamação do folículo piloso.

    “Os pelos do corpo crescem meio inclinados. Às vezes, eles perdem a direção correta durante o processo”, explica Valéria Campos, dermatologista de Jundiaí (SP), e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Isso pode dar origem ao famoso pelo encravado, que é a principal causa desse problema.

    Mas a foliculite também surge em contato com fungos, vírus e bactérias. Nesse caso, esses agentes infecciosos invadem a região do folículo piloso e, aí, disparam o processo inflamatória.

    Parecida com uma espinha, a foliculite simples gera uma bolinha vermelha que incomoda. Quando se agrava, pode começar a doer e a coçar.

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    As principais causas tem conexão com a depilação ou o barbear, que favorecem os pelos encravados. A foliculite é mais comum e recorrente em quem tem pelos mais grossos e enrolados, mas todo mundo está sujeito. “Basta ter pelos no corpo. Existe até a foliculite capilar, embora sejam menos comum. A barba, a virilha e o bumbum são os locais mais afetados”, avalia Valéria.

    Ela pode se agravar?

    Sim, existe a foliculite profunda, que já cria pus e incomoda mais. Se a pessoa cutucar ou não higienizar bem o local, ela pode evoluir para um furúnculo. “É quando a inflamação vai além do folículo piloso e atinge  a glândula sebácea anexa [é ela que lubrifica o local para facilitar o crescimento do pelo]”, explica a dermatologista.

    Os furúnculos são nódulos maiores e bem desconfortáveis. O dermatologista vai indicar se é preciso tomar algum medicamento oral anti-inflamatório, além de utilizar produtos tópicos, como pomadas.

    Como evitar?

    Métodos preventivos não impedem totalmente que a foliculite apareça, mas pode reduzim o número de ocorrências. Usar roupas leves é importante para que o tecido não cause atrito ou produção de mais suor na região mais afetada. Manter a higiene e hidratação da pele estão entre os bons hábitos.

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    Por outro lado, passar muito tempo sentado e tomar banhos quentes aumentam o risco da inflamação.

    Se o processo for associado à depilação, um dermatologista pode indicar alguns tratamentos. “O laser é a solução final, mas dá para usarcremes depilatórios, por exemplo. Antes de tudo, entretanto, precisamos avaliar o tipo de pele”, pontua Valéria.

    + Leia também: Depilação sem riscos

    Um processo cuidadoso na depilação colabora na prevenção. É preciso higienizar bem o local antes e, se houver uso de lâmina, sempre fazer com o corpo úmido. “Após o procedimento, utilize um antisséptico e depois um creme em gel para hidratar. Cremes muito oleosos podem entupir as glândulas e favorecer os pelos encravados”, avisa Valéria.

    Produtos à base do bom e velho aloe vera são uma boa tática para hidratar a pele de forma suave. A esfoliação também é bem-vinda, se for leve. E nada de usar esse método quando a pele já estiver machucada.

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    A SBD indica, ainda, evitar lavagens antissépticas rotineiramente. É que eles deixam a pele seca demais e eliminam as bactérias protetoras da pele.

    Como tratar a foliculite?

    Em casa, é possível aliviar a inflamação. Compressa morna de chá de camomila e pomadas com ação anti-inflamatória são receitadas rotineiramente. Sabonetes antissépticos também ajudam amenizam o problema e mantêm a área higienizada.

    “Algumas das opções de cremes e pomadas mais utilizados são com base de niacinamida [forma ativa da vitamina B3] e azuleno [extraído da flor de camomila]. Esses produtos servem também como forma de prevenção, se aplicados após a depilação“, explica Valéria.

    +Leia também: Acetilcisteína: o que é, para que serve e como funciona esse remédio

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    Como qualquer problema de saúde, é sempre bom visitar o médico, principalmente se essas medidas não forem suficientes. Um dermatologista pode verificar se a foliculite decorreu de um pelo encravado ou se há micro-organismos promovendo danos.

    O tratamento mais indicado para se livrar da foliculite crônica é a depilação a laser, que impede o crescimento dos pelos no local mais afetado.

    O jeito de tratar também muda conforme a localização no corpo. A foliculite capilar é mais rara, mas aí pode ser necessário recorrer a xampus antifúngicos e outros medicamentos. Tudo depende de um diagnóstico mais preciso da causa da inflamação com a ajuda de um dermatologista.

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