A fibrilação atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca. Caracterizada por irregularidades na transmissão de impulsos elétricos que coordenam as batidas do peito, ela faz com que o coração dispare de repente.
Em consequência disso, os átrios (a parte superior do músculo cardíaco) não se contraem direito — é como se tremessem. Nessa situação, o número de batidas por minuto chega a dobrar.
A fibrilação atrial está por trás da insuficiência cardíaca (aos poucos, a sobrecarga danifica o coração). Ao mesmo tempo, estimula a formação de coágulos que podem gerar um infarto ou AVC. Mas o risco de essas consequências ocorrerem cai muito com o tratamento adequado.
Pessoas mais velhas e com uma disfunção cardíaca prévia estão mais sujeitas à fibrilação atrial. Mas ela também acomete jovens, já que muitos de seus fatores de risco estão relacionados ao estilo de vida. Sedentarismo, tabagismo e obesidade, por exemplo, incitam seu aparecimento.
Sintomas da fibrilação atrial
- Palpitações no coração, que duram de segundos a semanas
- Queda de pressão
- Fadiga
- Falta de ar
- Desmaios
- Enjoos e vertigem
Fatores de risco
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Sobrepeso
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
- Apneia do sono e ronco
- Hipertensão
- Diabetes
- Estresse
A prevenção
Atividade física e alimentação equilibrada afastam causas importantes da fibrilação, como excesso de peso, diabetes e pressão alta. Maneirar nos drinques e cortar o cigarro também são atitudes fundamentais para prevenir a arritmia.
Mas é importante frisar que, em um bom número de casos, a fibrilação atrial surge por uma predisposição genética. Daí a importância de um acompanhamento com o cardiologista.
O diagnóstico
Para flagrar a fibrilação, o médico analisa os sintomas da pessoa e pede um eletrocardiograma. Contudo, se as palpitações forem esporádicas — ou seja, só dão as caras de vez em quando —, ele pode considerar o uso de um monitor portátil, que mede o ritmo cardíaco por longos períodos.
Em alguns casos, essa arritmia é provocada por outros distúrbios. Cabe ao especialista investigar se há indícios de hipertireoidismo, hipertensão ou apneia do sono, entre outros. Se controlado o problema inicial, é possível sossegar o coração.
O tratamento
Há remédios antiarrítmicos que controlam as descargas elétricas e estabilizam o ritmo do coração. Se for o caso, anticoagulantes também são prescritos para afastar o risco de um AVC ou infarto.
Certos pacientes, porém, precisam se submeter à ablação ou crioablação, uma cirurgia minimamente invasiva que cauteriza ou congela a parte do coração responsável pela arritmia, respectivamente.
Para garantir que a fibrilação não comprometa a qualidade de vida, é essencial adotar uma rotina mais saudável e escapar de vícios como o álcool e o cigarro. Combater o estresse também acalma o músculo cardíaco.