A medicina genômica é uma área em expansão, que abriu diversos caminhos na medicina. Graças a ela, por exemplo, é possível detectar alterações no DNA associadas a doenças raras e degenerativas, possibilitando iniciar o tratamento o quanto antes.
Essa é a base, por exemplo, da triagem neonatal, o conhecido Teste do Pezinho, que identifica em recém-nascidos problemas de origem genética que podem impactar o desenvolvimento da criança se nada for feito.
Hoje ampliado, o exame tem potencial flagrar mais de 50 doenças, entre elas imunodeficiências congênitas – uma possibilidade aberta por uma pesquisa premiada feita pelo Instituto Pensi, Instituto Jô Clemente e Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, juntamente com o laboratório Immunogenic.
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A pandemia de Covid-19 abriu várias frentes de trabalho nesse setor, entre elas o sequenciamento genético do coronavírus – método fundamental tanto para o desenvolvimento de testes RT-PCR, o chamado padrão ouro no diagnóstico, quanto para acompanhar as mutações do vírus.
Acompanhar de perto a evolução do Sars-Cov-2 por meio da vigilância genômica permitiu avaliar com rapidez o padrão de transmissão das variantes e a gravidade da infecção provocada por elas.
A capacidade de detectar o material genético do vírus chegou inclusive a ser adaptada a dispositivos simples e portáteis, uma alternativa para ampliar a testagem Brasil afora.
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Recurso fundamental na oncologia
O potencial revolucionário da genômica na medicina ganha destaque nas pesquisas sobre câncer. A análise do DNA do tumor e as particularidades dos pacientes têm feito a diferença no rastreamento, diagnóstico e tratamento.
Em famílias com histórico de câncer de mama ou próstata, a realização de painéis de sequenciamento genético possibilita flagrar mutações perigosas, que predispõem à doença. A partir daí, pode-se fazer um acompanhamento e aconselhamento personalizados, e tomar medidas que diminuem o risco.
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Testes moleculares feitos nos tumores, por sua vez, são saídas cada vez mais usadas para individualizar os tratamentos, muito além da quimioterapia e radioterapia.
Isso porque conhecer as características do câncer é a chave para indicar estratégias terapêuticas cada vez mais certeiras com o uso de inovações como terapia-alvo, imunoterapia e CAR-T.
Prêmio reconhece avanços
Estudos e pesquisas em diferentes áreas da medicina que usem a análise genética poderão ser inscritos na categoria Medicina de Precisão e Genômica do Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica.
A premiação tem a missão de reconhecer estudos, linhas de pesquisa, tecnologias biomédicas, campanhas e ações educativas, invenções e dispositivos criados por healthtechs, entre outras iniciativas na área da saúde com impacto clínico, científico e/ou assistencial.
O Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica contempla ainda outras cinco categorias – Medicina Social, Terapias e Tratamentos, Tecnologias Diagnósticas, Prevenção e Promoção à Saúde e Engajamento e Empoderamento do Paciente.
Saiba mais sobre a premiação no site.
Os ganhadores serão anunciados em cerimônia no começo de dezembro.