Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana do Professor: Revista em casa por 10,99

Nova geração de vacinas contra o câncer feitas por brasileiros trazem esperança

Pesquisas avançam no uso de partículas minúsculas para treinar o sistema imunológico a combater tumores, apontando para tratamentos mais eficazes no futuro

Por Guilherme Harada, oncologista clínico, via Brazil Health*
Atualizado em 10 out 2025, 11h35 - Publicado em 9 out 2025, 16h32
vacina-contra-cancer
Estratégia inédita obteve resultados animadores em pesquisas com animais. (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Nos últimos anos, as terapias contra o câncer apresentaram avanços sem precedentes. O desenvolvimento da imunoterapia e de tratamentos personalizados revolucionou a área, oferecendo alternativas mais eficazes em comparação aos métodos tradicionais.

Agora, uma nova tecnologia começa a se destacar: as nanovacinas contra o câncer.

Para entendê-las, vale lembrar primeiro o conceito de vacinas tradicionais e vacinas oncológicas. As vacinas tradicionais têm como função nos proteger de infecções causadas por vírus e bactérias, como as da gripe ou da COVID-19. Existe também a vacina contra o HPV, disponível no SUS, que reduz o risco de câncer de colo do útero e de orofaringe.

No entanto, a maior parte das vacinas contra o câncer em desenvolvimento tem um objetivo diferente: treinar o organismo a identificar e combater células tumorais já existentes, funcionando como tratamento, e não como prevenção.

+Leia também: Nova vacina “universal” contra câncer feita com RNA avança em estudos

Como funcionam as nanovacinas e seus desafios

Recentemente, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) publicaram um artigo de destaque sobre o papel dessas vacinas inovadoras. As nanovacinas utilizam partículas extremamente pequenas para transportar informações específicas do tumor.

Continua após a publicidade

Com isso, elas ensinam e treinam o sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar as células do câncer. O grande diferencial está na personalização: cada vacina é feita a partir das características do próprio tumor do paciente, tornando o ataque às células malignas mais preciso e eficiente.

No entanto, existem desafios importantes. A eficácia ainda é limitada em muitos estudos, já que o câncer possui mecanismos complexos de defesa contra o sistema imunológico.

Além disso, é preciso selecionar cuidadosamente quais informações do tumor serão usadas na vacina, equilibrando segurança e potência para evitar efeitos colaterais. Outro ponto é o custo e o tempo de produção, pois cada dose tende a ser feita sob medida para cada pessoa.

Continua após a publicidade

+Leia também: A biópsia líquida e a caça ao câncer pelo sangue

O futuro das nanovacinas no combate ao câncer

No futuro, essas vacinas podem ser usadas em combinação com outras formas de tratamento, como cirurgia, quimioterapia e imunoterapia. Assim, será possível aplicar a tecnologia em diferentes fases da doença, seja para evitar a volta do câncer após o tratamento inicial ou para fortalecer as defesas em casos mais avançados.

As nanovacinas representam uma esperança de superar os limites das terapias atuais, trazendo novas possibilidades para pacientes e famílias. Para que esse futuro chegue logo, é fundamental aumentar os investimentos em pesquisa científica e garantir que as novidades estejam rapidamente disponíveis para quem precisa.

*Guilherme Harada é oncologista clínico e coordenador da pesquisa clínica em oncologia do Hospital Sírio-Libanês

Continua após a publicidade

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

brazil-health

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Sua saúde merece prioridade!
Com a Veja Saúde Digital , você tem acesso imediato a pesquisas, dicas práticas, prevenção e novidades da medicina — direto no celular, tablet ou computador.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.