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Mononucleose: o que é a “doença do beijo”?

Dor de garganta e febre prolongadas são sintomas comuns da mononucleose. Conheça as causas, a forma de transmissão, o tratamento e a prevenção

Por Larissa Beani
1 fev 2024, 18h36
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  • Dor de garganta intensa e prolongada, gânglios inchados, fadiga e febre são alguns dos principais sintomas da mononucleose, uma infecção viral causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Transmitida principalmente pela saliva, ela também é conhecida como doença do beijo

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    “A mononucleose é frequentemente adquirida na juventude, e é comum também vermos surtos após o Carnaval”, afirma Eliana Bicudo, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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    + Leia também: Epstein-Barr: quem é esse vírus e o que ele pode causar?

    É uma infecção extremamente comum: 95% dos adultos já tiveram contato com o vírus da mononucleose e são capazes de produzir anticorpos contra ele.

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    Em geral, os sintomas são confundidos com os de outras infecções virais e costumam desaparecer em até duas semanas. A doença pode ser tratada conforme suas manifestações e também há como preveni-la.

    A seguir, saiba como lidar com a mononucleose:

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    Como a mononucleose é transmitida?

    A principal forma de transmissão da doença é por meio de contato com a saliva de pessoas infectadas, que pode se dar por espirros, tosses, beijos e compartilhamento de objetos e alimentos.

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    A maioria dos casos de mononucleose é transmitida enquanto os indivíduos infectados estão assintomáticos. O período de incubação do agente — ou seja, do dia em que a pessoa pegou o vírus até a manifestação dos sintomas — pode durar de 30 a 50 dias.

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    Vale pontuar que a “doença do beijo” não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). “O EBV não é disseminado por sêmen ou por secreções vaginais e anais”, ressalta a infectologista.

    + Leia também: Carnaval: o manual para resistir até o último bloco e evitar doenças

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    Qual a causa?

    A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr, também conhecido como herpesvírus humano tipo 4 (ou HHP-4).

    Geralmente, o contato com este agente infeccioso se dá na juventude. Após o período de incubação, a infecção é manifestada por algumas semanas e, depois, o vírus entra em estado de latência.

    Isso quer dizer que ele não é eliminado pelo corpo, mas vive “adormecido” em nossas células, por meses ou anos, sem se multiplicar. Em casos de imunocomprometimento, a infecção viral pode voltar a aparecer.

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    + Leia também: Herpes: entenda tudo sobre os vírus

    Sintomas da mononucleose

    A doença pode manifestar sinais que incluem:

    O vírus Epstein-Barr também pode migrar da garganta e se multiplicar no fígado e no baço, causando inflamações e hipertrofia desses órgãos.

    Pessoas imunocomprometidas (como transplantados, pessoas infectadas pelo HIV e pacientes autoimunes) correm maior risco de desenvolver formas severas da doença e complicações.

    + Leia também: Os perigos da automedicação

    Como fazer o diagnóstico?

    Os sintomas da mononucleose podem ser confundidos com o de outras infecções virais, como uma gripe ou um “resfriado forte”. Por isso, é importante consultar um médico conforme o aparecimento dos sintomas.

    O diagnóstico é feito de forma clínica, com base no histórico e nos sintomas apresentados pelo indivíduo, e com exames de sangue.

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    Conforme a necessidade, os médicos solicitam testes rápidos ou laboratoriais que identificam a presença de anticorpos contra do vírus causador da mononucleose.

    + Leia também: Virologistas: o que fazem? Onde vivem? O que comem?

    Tratamento

    Não há um antiviral que combata especificamente o vírus Epstein-Barr. O tratamento consiste no uso de medicamentos que controlem os sintomas.

    “Geralmente são indicados antitérmicos e analgésicos. Também é importante manter-se hidratado e em repouso“, instrui Bicudo. Os quadros costumam melhorar entre uma ou duas semanas.

    Em casos de complicação e comprometimento do fígado e do baço, outros medicamentos são necessários, além de eventual internação. Os cuidados são redobrados e a recuperação é mais lenta nessa situação. O esforço físico deve ser reduzido para evitar a ruptura dos órgãos (os casos são raros, mas há registros na literatura médica).

    + Leia também: Hepatites virais: não podemos deixar ninguém para trás

    Prevenção

    A mononucleose infecciosa pode ser evitada a partir de alguns hábitos:

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    Compartilhar informações confiáveis sobre a doença também é uma forma de ajudar a diminuição de casos”, sublinha a infectologista Eliana Bicudo.

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