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Ministério lança diretrizes para cesarianas

A quantidade desse tipo de parto no Brasil já ultrapassou em cinco vezes a recomendação da OMS. Manual visa baixar esse número

Por Thiago Castro
Atualizado em 26 out 2016, 10h40 - Publicado em 4 abr 2016, 16h17
Getty Images
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O Brasil vive atualmente uma epidemia de cesarianas. Os partos desse tipo já chegam 55% do total de nascimentos no país. Para ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 10% dos nascimentos sejam feitos com intervenção cirúrgica. Até por isso, o Ministério da Saúde lançou hoje um protocolo com diretrizes sobre o tema. 

Há, no imaginário popular, uma ideia de que a cesárea seria mais segura e provocaria menos dores. Mas não é bem assim. Além de exigir uma internação mais prolongada, o procedimento tem outras desvantagens consideráveis, como o aumento da probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido e também um risco maior de morte materna e infantil. Isso sem contar que pesquisas atribuem a esse procedimento um maior risco de problemas como alergia e obesidade. É fundamental conversar abertamente com o médico sobre o momento do parto e levar em consideração que a versão normal, salvo situações específicas, faz bem para a saúde do pequeno.  

Na diretriz do ministério, eles reforçam que:
•    A cesariana não é recomendada para prevenir a transmissão de hepatite B e C de mãe para filho
•    Não é a solução ideal para mulheres obesas, como se imagina

De acordo com o manual, a cesariana é voltada para situações específicas, como:
•    Impedir a transmissão de HIV entre mãe e filho
•    Mulheres com três ou mais operações cesarianas prévias
•    Complicações no momento do parto

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