Microesferas contra o Alzheimer
Farmacêutica brasileira aposta em tecnologia pouco empregada no país que permite melhorar eficácia e adesão ao tratamento
Talvez você nunca tenha ouvido falar em pellets, mas eles já apareceram em sua vida quando tomou um remédio para gastrite, por exemplo. Falamos de microesferas que, inseridas dentro de uma cápsula, dispersam o princípio ativo dentro do corpo. E a ideia do laboratório paranaense Prati-Donaduzzi foi investir nessa tecnologia para contra-atacar o Alzheimer e outras doenças, como depressão.
A empresa tem uma linha de produção e desenvolvimento direcionada aos pellets — hoje, a maioria do material é importada. “Pegamos essas bolinhas feitas com componentes inertes e aplicamos como se fossem camadas de pintura com os princípios ativos e outras moléculas para protegê-los da passagem pelo estômago”, ilustra Liberato Brum Júnior, gerente de inovação e pesquisa clínica da farmacêutica.
Uma das vantagens já é vista na medicação contra o Alzheimer: graças aos pellets, o princípio ativo tem uma liberação imediata e outra mais prolongada. “Com isso, o paciente pode tomar apenas uma cápsula por dia e tende a ficar com um quadro mais estável”, conta Brum Júnior.
Problemas na mira
Cápsulas ou comprimidos com as microesferas poderão ser usados contra outras doenças
- Depressão
- Hipertensão
- Hiperplasia benigna da próstata (inchaço da glândula)
- Gastrite
- Outras doenças do sistema nervoso central