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Brasil recebe 2,5 mil doses de antídoto contra o metanol; veja atualizações da crise

Com 24 casos e cinco mortes confirmadas por intoxicação por metanol, país começa a receber ampolas de fomepizol adquiridas com urgência pelo Ministério da Saúde

Por Maurício Brum
10 out 2025, 10h39
fomepizol-doses
Uma ampola de fomepizol, medicamento que age como antídoto para o metanol (Rafael Nascimento/MS/Reprodução)
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O Ministério da Saúde recebeu, nesta quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil doses de fomepizol, medicamento utilizado como antídoto para intoxicações por metanol. A aquisição foi feita de forma emergencial para reforçar os estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da recente alta de casos suspeitos após o consumo de bebidas adulteradas.

Durante a semana, a pasta também atualizou os números de intoxicações confirmadas, com a maioria dos casos ainda localizada no estado de São Paulo.

Confira o que se sabe até aqui sobre a crise do metanol no Brasil.

24 casos e 5 mortes já confirmados no país

Até o momento, o Brasil tem 24 casos confirmados de intoxicação por metanol, em três estados: 20 em São Paulo, três no Paraná e outro no Rio Grande do Sul. Houve ainda cinco óbitos diretamente associados à intoxicação por metanol, todos registrados em hospitais de SP.

Na atualização mais recente do Ministério da Saúde, feita na quarta (8), também foi informado que a grande maioria dos casos suspeitos não tem se confirmado. Por enquanto, 145 notificações suspeitas já foram descartadas após testes laboratoriais (inclusive a do rapper Hungria), e outras 235 seguem em investigação. Também há 11 mortes que seguem sendo investigadas.

É importante lembrar que, apesar dos temores pelo metanol, bebidas alcoólicas têm riscos inerentes, mesmo sem qualquer adulteração: o consumo excessivo continua fazendo mal à saúde e também pode provocar uma intoxicação, independentemente da presença do metanol.

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+Leia também: Qual a diferença entre intoxicação por metanol e embriaguez?

Como será a distribuição do fomepizol

Em um primeiro momento, o Ministério da Saúde vai distribuir 1,5 mil unidades de fomepizol ao redor do país, mantendo uma reserva de 1 mil ampolas em seu próprio estoque estratégico, para redistribuir conforme necessidade.

A maioria das doses (288) vai para São Paulo, com a distribuição seguindo também para outros estados com casos suspeitos e, posteriormente, para todas as demais unidades da federação, de forma proporcional.

Uma lista completa de quantas doses do medicamento serão recebidas por cada estado pode ser encontrada no site oficial do Ministério. O fomepizol é o método preferencial para tratar intoxicações por metanol, que também podem ser combatidas com o uso de etanol em ambiente hospitalar e com a realização de hemodiálise.

A pasta também já começou a distribuição de doses de etanol farmacêutico, com autorização de uso mesmo antes de se confirmar a intoxicação por metanol.

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O sucesso do tratamento, porém, depende do nível de metanol ingerido e da rapidez até o início do tratamento.

+Leia também: Cerveja tem metanol? E o vinho?

O que se sabe até agora sobre as adulterações

A origem das bebidas alcoólicas contendo metanol segue em investigação pela Polícia Civil de São Paulo, que vem localizando fábricas clandestinas associadas à distribuição de garrafas adulteradas. Nesta sexta-feira (10), uma nova fonte de bebidas falsificadas foi descoberta pelas autoridades em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Ainda há muitas questões, porém, sobre a origem exata do metanol que chegou aos produtos: linhas de investigação que sugeriam o uso desse álcool para a higienização de garrafas, ou que ele se originou através da destilação natural e não foi descartado adequadamente, acabaram não sendo confirmadas pelas primeiras perícias.

A possibilidade mais forte, no momento, é de que o metanol teria sido adicionado às bebidas. Uma das hipóteses ainda em aberto é que as fábricas teriam comprado etanol em postos de gasolina e misturado a bebidas vendidas como vodca para elevar seu teor alcoólico. O combustível estaria adulterado com metanol.

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Também não há certeza se os casos registrados fora de São Paulo têm relação ou não com aqueles vistos no estado, que segue concentrando a maioria das intoxicações confirmadas. Ao menos um dos registros fora de SP, o único caso já confirmado no Rio Grande do Sul, refere-se a um paciente que teria ingerido a bebida alcoólica adulterada quando estava em solo paulista.

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