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Impetigo é infecção bacteriana contagiosa; saiba como prevenir

Doença comum entre crianças causa lesões na pele e é frequente nos períodos mais quentes do ano

Por Clarice Sena
6 set 2024, 17h30
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Até que a doença seja tratada, pessoas com impetigo devem evitar o compartilhamento de objetos (CNX OpenStax/CC BY 4.0/Reprodução)
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O impetigo é uma infecção na pele altamente contagiosa e comum em crianças entre dois e seis anos, embora possa acometer pessoas de qualquer idade, especialmente os portadores de diabetes e imunodeprimidos.

A propagação da doença acontece principalmente durante o verão e a primavera, estações que reúnem o aumento das temperaturas com a umidade das chuvas.

A infecção é causada pelas bactérias Streptococcus pyogenes, que normalmente habita nossa pele, boca e nariz, e a Staphylococcus aureus, que pode formar colônias na pele e nas narinas.

Essas bactérias normalmente não causam doença, contudo, quando ocorre algum ferimento na pele ou há um abalo no sistema imunológico do indivíduo, elas podem provocar problemas.

Quais os tipos de impetigo?

O impetigo se manifesta de três formas, podendo ser identificado como:

Impetigo comum ou não bolhoso

Geralmente causado pela bactéria Streptococcus (a mesma por trás da escarlatina), é caracterizado por pequenas bolhas cheias de pus, similares a espinhas, que podem surgir no nariz, na boca, nos braços e nas pernas.

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Quando essas bolhas se rompem, formam pequenas feridas cobertas por uma crosta que eventualmente cai sem deixar cicatrizes;

Impetigo bolhoso

Causado pelo Staphylococcus aureus, caracteriza-se pela presença de verdadeiras bolhas, maiores que espinhas, geralmente preenchidas por um líquido amarelado.

Elas podem aparecer no peito, abdômen, braços e nádegas, acompanhadas de sintomas como febre e mal-estar. Quando se rompem, deixam uma lesão vermelha, inflamada e úmida, que não dói, mas pode coçar e desaparece sem deixar marcas;

Ectima

Geralmente causada pelo Streptococcus pyogenes, é a forma mais grave do impetigo, pois chega até as camadas mais profundas da pele, gerando lesões dolorosas e cheias de pus.

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As úlceras aparecem principalmente nos braços e pernas, deixando cicatrizes. Outro sintoma é a inflamação de linfonodos próximos das feridas, como resposta do sistema imunológico contra as bactérias.

+Leia também8 doenças de pele comuns em pessoas negras e seus tratamentos

Como prevenir a transmissão do impetigo?

O principal meio de transmissão do impetigo é o contato com as mãos contaminadas, mas também pode acontecer por meio do compartilhamento de toalhas, roupas, objetos, brinquedos, etc. Como o período de incubação da doença é variável e indefinido, o paciente pode vir a transmitir a doença apesar de não apresentar nenhum sinal visível da infecção.

Por isso, é importante os pais e tutores das crianças estarem atentos a pequenos ferimentos na pele – cortes, arranhões, picadas de inseto, etc – que podem servir como porta de entrada para as bactérias causadoras do impetigo. Assim, é importante manter as unhas bem cortadas e incentivar a frequente higiene das mãos pelas crianças.

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Como são o diagnóstico e o tratamento do impetigo

O diagnóstico da infecção pode ser feito com a avaliação clínica de lesões que aparecem na pele acompanhadas de exames laboratoriais para determinar o agente patogênico, a fim de diferenciar as lesões do impetigo de outras doenças de pele e indicar o tratamento mais adequado.

No caso de crianças, a escola e a Unidade Básica de Saúde (UBS) devem ser comunicadas do diagnóstico para prevenir a disseminação da infecção.

Durante o período de contágio, é importante que o paciente utilize toalhas e esponjas sem compartilhá-las, além de sabonetes com formulação antimicrobiana que sejam menos abrasivos à pele. Uma boa medida é intensificar a limpeza de móveis, camas e maçanetas com álcool 70%.

Para o tratamento, as bolhas devem ser removidas com água e sabão utilizando um pano macio. No caso de lesões maiores, até que a pele cicatrize também pode ser feito um curativo com gaze.

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A medicação indicada geralmente é composta por antibióticos para via oral ou em pomadas. Enquanto estiverem em tratamento, os pacientes devem permanecer em casa e restringir ao máximo o convívio com outras pessoas. O risco de contágio diminui a partir de 48 horas desde o início da medicação.

O tratamento deve ser acompanhado de medidas de higiene e uso exclusivo de objetos pessoais. Quando não tratado, o impetigo pode causar glomerulonefrite – doença renal grave–, celulite infecciosa e septicemias diversas.

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